segunda-feira, setembro 10

Dois paradigmas de avaliação

Medir
Qualificar
Comparar
Classificar
Seleccionar
Hierarquizar
Atemorizar
Sancionar
Acreditar (de acreditação)
Julgar
Exigir
Promover
Controlar

ou

Aprender
Dialogar
Diagnosticar
Compreender
Comprovar
Explicar
Melhorar
Reorientar
Motivar
Rectificar
Contrastar
Reflectir
Libertar


O que deve ser a avaliação dos professores?

10 comentários:

Miguel Pinto disse...

“- a realidade é condicionada pelo quadro legal, mas são os contextos que lhe vão dar forma e sentido; a morfologia está definida; mas a sintaxe, a semântica e a pragmática vão ser construídas…”
O que deve ser a avaliação dos professores? A questão que me ocorre é suscitada pela afirmação anterior:
Como fazer prevalecer o segundo paradigma, nos contextos que dão forma e sentido à realidade, à imposição do primeiro que se vê reflectido no quadro legal?

Paideia disse...

Faria sentido estar na lei a obrigatoriedade de circulação nos cargos de coordenação?

Paideia disse...

Voltei. Olhando bem para as duas cores, não sei se, pelo menos semanticamente, serão primárias, mas adianto a hipótese de que o continuum entre elas dependerá sempre um pouco da consciência que o avaliador terá, e dos procedimentos que adoptará, para minimizar todas as formas de enviusamento.
Que vos parece?

Miguel Pinto disse...

Idalina
Não sei se percebi correctamente o teu comentário mas não me satisfaz aquele "ou" entre as cores.

Teresa Pombo Pereira disse...

Seremos nós, no papel que nos for concedido em cada escola - embora me pareça que do conjunto de professores de uma escola os protagonismos se discutem e parece sempre haver os que "avaliam" e os que "são avaliados", do mesmo modo que eram sempre os mesmos que coordenavam e estavam em todas as equipas até agora - dizia eu, seremos nós a escolher os paradigmas que nos regem. Se querem que vos diga, acho que os professores, na sua grande parte, ainda nem se apropriaram bem dos paradigmas avaliativos no que toca à avaliação das aprendizagens, não sei se estarão preparados para os aplicar a si mesmos.
Duas cores e uma disjuntiva. Parecem pedir-nos que escolhamos em absoluto. Numa primeira leitura sem dúvida o segundo conjunto. Mas devemos avaliar sem também querer qualificar e promover, ou seja dar mais qualidade e melhorar? Não é esse, também, o objectivo da avaliação? Falava-se ontem entre professores de mudança de práticas e de uma colega com mais anos e menos flexibilidade. Está há 3 anos na minha escola que está na vanguarda de muitas das alterações - a todos os níveis - da organização e prática docente. Nada mudou na sua prática individual em sala de aula ou na articulação com o CT. Há muito que pode melhorar. A sua avaliação poderá contribuir para tal?
Outra coisa: fez-me pensar o "atemorizar". Durante muito tempo, apesar de ser mais novinha, tive a hipótese de leccionar 12º anos e submeter o meu desempenho, na figura dos resultados dos alunos, à avaliação externa. Outros pareciam temê-lo. De que se tem medo? Do resultado, da selecção?

Miguel Pinto disse...

Voltei ;) A avaliação dos professores deve ser apenas formativa e criterial "ou" há que prestar contas e exigir uma avaliação normativa? Uma e outra diferem essencialmente quanto às suas finalidades. No contexto actual as duas têm de coexistir? O ECD diz que sim. Então há que refinar os critérios de sucesso.

Teresa Martinho Marques disse...

... hoje só suspiro... recebi o horário e penso no pradigma mais vasto da escola e das funções atribuídas anualmente aos profs... tudo acabará por desaguar na avaliação... escoadouro de qualquer coisa. Entre o que deveria ser feito e o que se fará... olho para o meu horário e antecipo um chumbo (meu) daqui a dois anos... desculpem... humorzinho cinzento o meu hoje...

Teresa Martinho Marques disse...

falta um "a" no "pradigma"... para ser paradigma... mas se lhe faltasse só um "a"... a coisa não estaria má

Paideia disse...

OK, 3za, vamos elevar o moral, centrar-nos nos objectivos de desenvolvimento profissional, levantar a cabeça, sorrir às dificuldades e enfrentá-las como desafios. Imagina um caminho de pedras: queres vê-las como dificuldades ou queres encará-las como um desafio às tuas capacidades motoras? Eu sou uma aselha em motricidade - fina e grossa. Por falar nisso: vou ao ginásio. Não sem antes de te deixar um grande abraço. Coragem.

JMA disse...

Temos muito mais poderes e recursos dos que aqueles julgamos ter. Sigamos o conselho de Saramago: "Se podes olhar, vê; se podes ver repara". Acrescento: se podes re parar, age. Se podes agir, interage.