segunda-feira, outubro 8

Arejar ou Viajar?

Se julgam que é fácil pegar num tema ligeiro e discursar enganam-se redondamente! A Milu persegue-nos e diz que não; o big boss persegue-nos e diz que não. Uma filha está desempregada; a outra faz um estágio não remunerado, isto é, trabalha mas não arrota, e querem que fale de quê? Das flores do campo?
Este fim de semana eu e o meu parceiro pusemo-nos a fazer planos de viagens: uma rulote, sul de França, Grécia... só não verificámos os locais dos parques de campismo. Mas o itinerário estava todo lá, na cabeça. Fartámo-nos de conversar, mas, não sei porquê, fiquei com a sensação de que aqueles planos não passavam mesmo disso: planos.
É bom fazer planos, mesmo sem ter a certeza que os vamos cumprir, e viajar virtualmente é das coisas mais relaxantes para mim, que sou caseira por natureza.
Depois, viajar para quê? Para arejar ou para conhecermos outras gentes e outras terras? Ou para nos conhecermos a nós próprios? O que vale mais: uma viagem real ou uma virtual? Cá para mim, que sou caseira, já disse, estas coisas fazem-me um bocado de confusão, o que não invalida que eu e o meu parceiro continuemos a fazer planos de viagens, enquanto esperamos por emprego para as duas filhas. Remunerados, claro!
Tenham uma boa semana e comecem já a programar as vossas próximas viagens. Vão ver que o tempo passa mais depressa e até se riem, de vez em quando.

15 comentários:

Teresa Pombo Pereira disse...

Pois, Teresinha é difícil arejar com o ambiente que nos cerca. Mas gostei do tema e do post. Ontem, à notinha, o parceiro cá de casa ;-) - enquanto esperava que eu acabasse mais uma coisinha - escola ou tese tanto faz - pôs-se a rever as fotos e vídeos das viagens que fizemos na era "antes-bebé". Pois é, agora é mais complicado não porque o miúdo não nos acompanhasse mas porque as despesas são tantas e os salários sempre curtos... A questão do virtual coloca-se de facto? E a pergunta coloca-se? Do tempo que nós bloguistas consagramos à net e ao virtual que percentagem é de trabalho e quanta é outra "aragem"? Já pensaram nisto hoje? E vós que já andais pelo Second Life, contai-me? Recomenda-se? Porqu~e? Para quê? Trabalho, Lazer? Tudo? Imagino que sim :-)

Anónimo disse...

O Miguel já pôs um novo template convidativo a viagens ;)
Mas as viagens reais são caras, como já disseram as Teresas, e eu confesso que, do virtual, só aprecio o que não deixa também de ser real (como os nossos convívios na blogosfera). Prefiro viagens pequeninas (e outras coisas pequeninas), mas reais, a coisas maiores mas só imaginárias.
Quanto ao Second Life, que a prof. Teresa refere, deu-me uma resistência a experimentar, sabe-se lá porquê! E não me parece que me convençam, mas fico aberta a argumentos a favor ;)

Miguel Pinto disse...

Para viajar preciso de estrada... virtual ou real. E foi isso que fiz. Encontrei uma pequena estrada para nos fazermos ao caminho... No final da semana regressará o template habitual :)

Teresa Pombo Pereira disse...

eh lá... isto está mesmo arejado... desde há bocadinho :) adorei o novo look... parabéns senhor adm!

Teresa Lobato disse...

Essa abordagem ao Second Life vem mesmo a calhar!
Há dias, dizia-me uma amiga que também por lá anda: às vezes, quando vou na rua, vejo ambientes e pessoas do SL!
O SL é tão perfeito, que nos cria essa imagem virtual tão real que,por vezes, podemos confundir as duas. Mas é, sem dúvida, uma forma de viajarmos até ao nosso interior. Recomenda-se, pois.

Teresa Martinho Marques disse...

Não gosto de viajar. Nunca gostei. Parece estranho, mas é profundamente verdadeiro. Quero eu dizer... não gosto de viajar para longe, carro, barco, avião, seja lá o que for que me leve para longe dos cheiros e movimentos e rotinas que para mim são ninho. Digo que não gosto de viajar. Mas só dessas viagens de quilómetros reais. Porque, oh sim!, se há quem viaje interiormente e se dedique a inventar viagens de todos os tamanhos formas e feitios, todos os alternativos caminhos, todas as distâncias cobertas, sou eu. Achava que isso não era muito normal, até ler "a louca da casa" de Rosa Montero e perceber que isso é uma condição de alguns. Incrita nos genes, arrisco-me a dizê-lo, porque desde pequenina que me lembro de viajar assim sem sair do mesmo lugar. E muitas vezes escrevia essas viagens e chamava-lhes histórias e poemas. Tenho um romance (muitos romances) escrito(s) na cabeça. Mais viagens. Um dia... quem sabe? A internet foi o melhor meio de transporte que me aconteceu. A melhor janela para respirar de mim. Da timidez fechada, à teia de amigos, tudo mudou. E até arrisco agora uma ou outra viagem para fora do ninho. Mas arejar, arejar... viajar mesmo, só de caneta e papel na mão, ou teclado e computador... e na ponta do lápis passear por todos os lugares do mundo. Second life? Hummmm... não tenho ido lá muito porque o tempo anda sem tempo. E acabei por lá ir fazer o que fiz na blogosfera: conhecer gente muito especial. A mais recente... produtora de vídeo americana, toca piano desde criança... se eu vos disser que já cumpri um sonho antigo: gravámos uma canção a meias (um dia talvez mostre)"East of the sun and west of the moon"... ela ao piano e eu a cantar... numa versão lenta e diferente (muito alternativa) acreditam? Pois é verdade. Querem mais viagem do que isto? Veio o piano da América... aqui coloquei a portuguesa voz. O virtual... de virtual só tem o nome. IC... recomenda-se o SL para quem tenha algum tempo... pelas mesmas razões que te fazem andar por aqui... mas com ambientes mais belos e sons de aves a cantar e riachos a correr...
Teresinha... obrigada... já viajei... já arejei... acho que precisava mesmo de escrever sobre "outras coisas"... pronto. Ponto.

Anónimo disse...

Este blogue realmente faz-me arejar e viajar muito. Eu adoro viajar no real mas faço-o inúmeras vezes em sonho. Viajo no sofá, a caminhar durante o percurso casa-escola, antes de adormecer,...Já no outro dia tive o privilégio (sim porque é um verdadeiro privilégio) de deixar o meu comentário, o qual dizia que foi graças a vocês que descobri que ainda existem pessoas que acreditam naquilo que fazem todos os dias, tal como eu. Além de acreditarem também sonham...agradeço o bem que me fazem.

Anónimo disse...

Se soubesses o bom que é saber que as nossas palavras viajam dentro dos outros e têm essa magia doce de poder entranhar-se neles e fazer-lhes bem...

tsiwari disse...

Por sonhar, por acreditar... (re)lembro que hoje é o Dia Dia Europeu contra a Pena de Morte.

Do JN online:

"Segundo dados da Amnistia Internacional, 130 países aboliram a pena de morte na lei ou na prática. 67 outros países mantêm e usam a pena capital e, de acordo com a mesma fonte, calcula-se que em 2006 1591 pessoas foram executadas em 25 países. Estes dados, porém, encobrem países como a China onde as estatísticas são segredo."

Como dizia um locutor aos microfones da rádio (creio que renascença): "Já agora, valia a pena pensar nisto"

AnaCristina disse...

Nasci numa planície onde o desenvolvimento ainda não tinha chegado, nasci numa família sem muito tempo (e escudos) para passeios, nasci e cresci de olhos fechados... até descobrir a leitura que me iniciou nas "viagens" e depois a internet.

Dou graças pelo desenvolvimento e pela evolução.

Actualmente, prefiro viagens reais, prefiro cheiros, prefiro toques... mas já aprendi tanto virtualmente!!

Anónimo disse...

Tive um dia longo e cansativo. O dia de amanhã não será mais folgado. Acresce ainda o meu terrível feitio! Há dias que só me apetece lamentar o triste país em que habitamos. Não digo vivemos pois felizmente, pelo menos no final do dia, podemos viver num país de imaginação e ficar com esses momentos só para nós. Vim até aqui para arejar...bem precisava

Paideia disse...

Eu gostava de partir assim à aventura, numa carrinha destas, mas com companhia. Ora, a companhia mais óbvia gosta da SUA almofada, da Sua caminha, da SUA casinha, de forma que, às vezes, resta-me ter asas na cabeça.
:)

Paideia disse...

As viagens de que mais gostei foram à Europa de Leste: gostei de tudo, à excepção das folhas de videira.
O que mais apreciei foi a elevação cívica, o nível cultural, a importância dada à educação e à cultura.
(os magiares tb são lindos!)

«« disse...

oh pá eu vivi e nasci (claro que vivi antes de nascer eh ehe h) na ilha da Madeira aquela perola "democrática" por isso sempre que quero fazer algo tenho que viajar, claro que são viagens de trabalho, claro que esta coisa de viajar é algo que não convém colocar aqui numa semana de arejamento...mas é o que se passa com aqueles portugueses que vivem nas ilhas eh eh eh

Anónimo disse...

Oh Idalina! Aqui sou eu a da casinha caminha e almofadinha. Sorte a do Cara-metade que por necessidades de trabalho viaja que se farta e assim não se incomoda nada com férias caseiras (até gosta)...
'tás a precisar de mudar... de... emprego!
E tu, Miguel... é só desculpas eh eh eh..