Estive ontem numa video-conferência com 4 participantes em simultâneo, a convite da Prof. Deolinda Estevão, da Escola Básica Integrada Mouzinho da Silveira (só abre no IE), na Ilha do Corvo, e sob a coordenação técnica do Prof. António dos Reis.
Foi uma oportunidade para experimentar a tecnologia Marratech, e para conhecer o excelente trabalho desenvolvido naquela minúscula ilha.
Da tecnologia ficou-me o alerta: funciona, mas é preciso ter muito tempo e paciência, o equipamento certo, e uma boa dose de experiência. Demorou um bocado até acertar todos os pormenores técnicos, e mesmo assim a conferência foi um pouco atribulada, com problemas no som e na imagem. Obviamente, quanto maior a barca, maior a tormenta, e com tantas coisas susceptíveis de correr mal, é até de espantar se tudo correr bem. Mas foi uma experiência a repetir, e uma tecnologia promissora para juntar várias pessoas simultaneamente. Um conselho: nestas andanças, usar sempre auscultadores com micro, senão a cacofonia dos sons de retorno é infernal...
Das experiências pedagógicas da Prof. Deolinda e colegas ficou-me a melhor das impressões. Contemplados com condições tecnológicas invejáveis para os padrões normais das escolas portuguesas (apesar de a largura de banda deixar a desejar), usam-nas de uma forma inteligente e atractiva para os alunos, e com excelentes resultados: um jornal online, blogues dos alunos, intercâmbio com escolas europeias. Experiências ricas, que de alguma forma ajudam a minorar o isolamento da ilha, de onde as crianças têm que sair após o 9º ano.
4 comentários:
Que bom saber, José.
Sou vagamente açoriana, já que nasci em Santa Maria, tal como os meus irmãos mais velhos.
Esta semana, e porque vou leccionar a disciplina de ITIC a uma turma de 9º. ano até que o respectivo professor seja colocado, a aula de motivação foi sobre blogues. Os alunos gostaram de ver o meu blogue e o ARAGEM, fizeram muitas perguntas e começaram o seu blogue colectivo; também quiseram fazer blogues individuais. Propus-lhes que escrevessem sobre si próprios: o seu melhor e o seu pior e que arranjassem um amigo crítico dentro da turma para fazerem o mesmo sebre eles.
Para a semana, vou ver o que fizeram.
No fim-de-semana de 21 e 22 de Setembro assisti às 2.as Jornadas Pedagógicas de Professores Inovadores que ocorreu na Escola Secundária da Lagoa (S. Miguel). Nesta pude assistir à partilha das experiências pedagógicas de alguns professores nomeadamente da Escola de Santa MAria e da Escola das Flores.Atendendo à dimensão destas ilhas é incrível o trabalho desenvolvido pelos nossos colegas com os alunos a nível informático, por forma a culmatar a ausência de outras actividades e oferta cultural.Recordo-me que o vice-presidente do conselho executivo das flores referiu que para o conseguirem têm que combater com a dificuldades existentes da insularidade, referindo por exemplo que a banda larga por vezes é mais uma banda light. Se quiserem ver o que foi discutido nestas jornadas podem fazê-lo em http://srec.azores.gov.pt/dre/
Fico sempre feliz com as boas notícias (que têm forçosamente de nos alentar neste mau período). Nas nossas mãos está o segredo da salvação e da defesa do essencial até que "a caravana passe" e outros se instalem para fazer "algo" (esperamos que melhor)... foi sempre assim. Somos os guardiões da escola e do que nela há de mais sagrado. Às vezes não é fácil... mas é preciso persistir. Parabéns a quem insiste em não desistir, como diz o nosso JMA no seu Terrear, de inventar dias mais claros...
Concordo plenamente contigo, Teresa, se não forem os profs a remar contra a maré, quem será? Mas isto está complicado... muito complicado... já engoli três ou quatro pirolitos e quase que não me aguento acima da linha de água...!!
Boa semana a todos
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