"Blogues: Expressão e Liberdade, Hoje"
Como eu dizia no artigo anterior, uma das impressões que me ficou deste encontro foi a da força que os blogues têm, ou começam a ter, nas pessoas que navegam na internet.
Apesar de se assumir, no seu modo mais simples, inconsciente até, com um cariz confessional, diarístico, ele torna-se, através da possibilidade de partilha, num instrumento que estabele de imediato a possibilidade de trocar impressões, de interagir com o autor.
Paralelamente, há um certo fascínio nessa interacção, já que o autor, mesmo dando-se a conhecer, não deixa de ter algum anonimato. Aliás, a informação que obtemos sobre ele pode ser completamente ficcionada.
Estava presente o director de um jornal local que confessou passar cerca de quatro horas por dia no seu PC, e que consultava blogues como possível fonte de informação e como motivação para a escrita.
De que força falas? Perguntavam.
Falo da força da comunicação em rede, em teia.
E por muito que queiramos guardar só para nós e para o nosso círculo de amigos a partilha do que publicamos, a partir do momento em que clicamos no "Publicar", estamos a tornar-nos candidatos a qualquer prémio Nobel da Blogosfera. É que, tal como acontece com a publicação de um livro, o que escrevemos deixa de ser nosso e passa a ser de quem quer que nos leia.
6 comentários:
A verdade é que, desde que entrei no mundo da blogosfera, leio muito mais, o que me faz pensar muito mais e escrever também bastante mais...
E quando escrevo, tenho consciência de que o que escrevo pode ser completamente diferente daquilo que outros leem, mas é tal mundo da comunicação em rede, que nos faz pensar em mil e uma ideias publicadas. E pensar por vezes muda acções.
Obrigada pelo esclarecimento Teresa
"De que força falas? Perguntavam.
Falo da força da comunicação em rede, em teia."
A força mais poderosa: as pontes que o MiguelP sabe que adoro (e a TL pode confirmar)... seja através de um blog ou noutro contexto, é na força desta ligação que se pode construir um futuro mais digno da esperança que nele depositamos.
bem como foi eu que perguntei acerca da força vejo-me na obrigação de te dar o troco: vais-me desculpar, apesar de entender a questão factual de que "após clicar no publicar" passei a não ser dono do que escrevi. Continuo um pouco a fazer de "madeirense" (ou seja de teimoso eh eh). Não acredito que haja uma força prática dos tipos que apesar de escreverem com responsabilidade e com qualidade. Pelo contrário os "ilustres" que já provaram na prática a sua incompetência mas continuam a ter tempo de antena nas televisões ou na política, esses passam a vida a escrever asneiras (respeitosas, poius são o seu ponto de vista e acredito que tentam escrever o seu melhor) e esses sim são lidos e têm força.
por isso é que acredito que a força prática da blogosfera está nos mesmos que a tinham antes dela nascer. A força moral continua connosco, mas como sabes quem ganha o campeonato é quem faz os pontos, e não quem efectivamente os merece
Isto está interessante...
Não tenho a certeza mas parece-me que sou a mais nova nesta pequena comunidade. E devo dizer que concordo integralmente qduando se fala em comunicação e aprendizagem...
À medida que vou lendo coisas aqui na blogosfera, vou aprendendo, leio e pondero muito bem o que escrevo. Olha para o que me rodeia com olhos muito mais críticos e até mais poéticos (quando é o caso)...
Por esta força da comunicação, agradeço também a todos vocês...
Obrigada pelo esclarecimento, Teresa.
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