Inútil definir este animal aflito. Nem palavras, nem cinzéis, nem acordes, nem pincéis são gargantas deste grito. Universo em expansão. Pincelada de zarcão desde mais infinito a menos infinito. António Gedeão
é por este por outros poetas que temos, que não consigo entender que para alémdas TEL,.....(nome chato e irritando) os professes de português não fazem pressão para dar cor à posia estudada na escola
4 comentários:
Grande Homem...
é por este por outros poetas que temos, que não consigo entender que para alémdas TEL,.....(nome chato e irritando) os professes de português não fazem pressão para dar cor à posia estudada na escola
Um dos meus Poetas favoritos!
"(Chega à boca de cena e diz)"
"Venho da terra assombrada
do ventre de minha mãe
não pretendo roubar nada
nem fazer mal a ninguém
Só quero o que me é devido
por me trazerem aqui
que eu nem sequer fui ouvido
no acto de que nasci
Trago boca pra comer
e olhos pra desejar
tenho pressa de viver
que a vida é água a correr
Venho do fundo do tempo
não tenho tempo a perder
minha barca aparelhada
solta rumo ao norte
meu desejo é passaporte
para a fronteira fechada
Não há ventos que não prestem
nem marés que não convenham
nem forças que me molestem
correntes que me detenham
Quero eu e a natureza
que a natureza sou eu
e as forças da natureza
nunca ninguém as venceu
Com licença com licença
que a barca se fez ao mar
não há poder que me vença
mesmo morto hei-de passar
com licença com licença
com rumo à estrela polar
(António Gedeão in Teatro do Mundo, 1958)
Um abraço e grata pela partilha
;)
Não seria mais interessante estudar este senhor do que ter carradas de disciplinas e não aprender nada de jeito...
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