terça-feira, outubro 13

Em Homenagem à IC

Não conheço pessoalmente a IC. Mas creio conhecer no que é mais importante, no que "é invisível aos olhos": a dedicação profissional, o respeito pelos alunos, o desassossego face às rotinas paralisantes, a esperança, a persistência... Atributos que já me fizeram oferecer-lhe um dvd, dos que mais amo.

Ela é a responsável por estar a escrever estas palavras. Para dizer o quê? Penso na resposta. Hesito um pouco. Mas logo a mente se agita. Escrevo para dizer a necessidade de nos reinventarmos como pessoas e como professores. De nos reinventarmos numa profissionalidade exigente e solidária mas afastada do balido do rebanho. Para dizer que temos de fazer da profissão o "primeiro de todos os ofícios". O mesmo é dizer colocar os alunos em primeiro lugar no seu direito/dever de aprender as bases do ser, as bases da cidadania, da responsabilidade. Para dizer a urgência de reinventar a escola, necessária casa de humanidade, longe das montanhas de papéis, longe dos rituais burocráticos, longe do faz de conta, longe da irresponsabilidade.

Para dizer a imperatividade de uma outra política: que não deixando de ser exigente, não esqueça que as pessoas não podem ser sistematicamente desautorizadas. E que o centralismo burocrático é a mais perniciosa das ilusões.

4 comentários:

Teresa Martinho Marques disse...

Tenho aqui uma suspeita de que vão ter essa oportunidade muito em breve... :)
(E, JMA, não há homenagem mais merecida...)

IC disse...

Muito obrigada, caro JMA. Até fiquei sem jeito com o título do post.
No que escreveste, repetes a expressão "reinventar", e reinventar tem a ver com o título do post da Teresa Pombo - a criatividade. E concordo totalmente que é preciso reinventar tudo o que disseste. Mas é preciso querer reinventar e a minha grande pergunta é o que é preciso para que os professores o queiram fazer, o que é preciso para que sintam essa necessidade. Porque ela tem que começar dentro de cada um, antes de uma política educativa que estimule isso. Aliás, a política de MLR não pode ser desculpa para tudo, pois essa necessidade já existia antes, e os professores tinham individualmente bastante autonomia para isso.

E até foi para debater possíveis respostas à minha pergunta que tentei lançar o debate aqui.

Quanto à suspeita da 3za, acho que estou a adivinhar qual é e, se assim for, será um enorme prazer para mim (embora eu sinta há bastante tempo que já te conheço, apesar de nunca nos termos encontrado no real)

JMA disse...

Pois, deve ser verdade. E é um bom tópico para voltar a pensar.

tsiwari disse...

IC - vês o que mereces?

:)***