“O ar, vaga mistura […]. Intangível, quase poderíamos dizer intacto, incolor e transparente, transmissor de luzes, das cores e vetor dos perfumes, sem gosto, inaudível quando nenhum calor o impulsiona, ele penetra o corpo, as orelhas, a boca, o nariz, garganta e pulmões, envolve a pele, suporte de todo sinal que alcança os sentidos. Este neutro ou este zero não é determinado na sensação, mas ainda é uma das coisas a sentir, no limite do insensível.
O ar, mistura vaga, leve, sutil, instável, favorece as alianças; vetor de tudo, a nada se opõe. Meio ambiente do sensório, excipiente geral das misturas: vaso principal da clepsidra confusa.”
Serres, M. (2001)[obra citada na entrada anterior]
1 comentário:
... respiro...
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