No jogo de futebol realizado esta quarta feira em Guimarães entre o clube local e o Porto houve uma ocorrência numa fase do jogo que obrigou o Costinha (para os desinteressados pela coisa futebolística é um jogador do Porto) a sair compulsivamente. Um choque com um adversário deixou o jogador inanimado no relvado. A cena foi observada pela plateia das bancadas do estádio e dos sofás em casa dos telespectadores. Naquele instante, creio ter perpassado pela mente de todos a imagem ainda muito recente do Miklós Fehér a sucumbir de uma forma brutal. Estes dois casos de grande intensidade trágica, incomparáveis nas causas que lhes subjazem, potenciam no fenómeno futebolístico televisionado a dimensão dramática do desporto.
Não haverá algo de satírico sempre que o funesto acontece?
Observem a(s) vida(s) rotineira(s) que vai(ão) preenchendo o tempo do comum dos mortais.
Reparem neste quadro em que a vulgaridade das sensações e emoções que ocorrem no quotidiano não consola o insaciável homem pós-moderno.
Estabeleçam analogias com a infindável busca do excesso.
1 comentário:
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