Por um mero acaso nunca li este livro da Susanna Tamaro. Mas o título é sonante e presta-se a mil e uma aplicações.
Nasci durante a última hora de signo Leão, já em transição para Virgem. Isto é muito importante para nós, humanos, da era do tempo contado e medido à milésima de segundo. Posso assim determinar com exactidão as minhas características de personalidade sem sombra de erro, características essas que me colocam muitas vezes em conflito: a impetuosidade do Leão e a ponderação da Virgem.
Já me imaginaram num dia destes? Não queiram!
Há decisões que podem levar, dias, meses e até anos a tomar (este é o lado da Virgem), mas, depois de tomadas tornam-se irrevogáveis (este é o lado do Leão)!
Não, não estou a brincar, porque este é um assunto sério: a partir do momento em que decidi não entregar os objectivos individuais (que foram elaborados em devido tempo) não mais voltaria com a decisão atrás. Apesar de tudo o que se escreve, apesar de todas as instruções fornecidas pela minha escola. Apesar dos conselhos do meu sindicato.
Fui, vou, assim, onde me leva o coração.
Pena que seja com alguma dor.
5 comentários:
Onde nos leva o coração, Teresa? Presumo que nos leva à maravilhosa combinação: emoção/razão. ;-) Só assim se percebe a expressão: o coração não engana.
Estou contigo Teresinha... Lamento a aversão que se instalou em mim em cada entrada na escola... que só se resolve quando entro na sala de aula, ou no clube. Não gosto deste sentimento. Chego a sair da sala dos profs para ir para a rua no intervalo estar com os alunos... O que nos fizeram?
Foi uma decisão de coragem, que espero tenha o retorno merecido. Que mais não seja em paz de espírito.
"Apesar dos conselhos do meu sindicato."
Não percebi, 13a.
Gosto da observação do Miguel combinando emoção com razão. Não sei se por (de)formação académica lá pela matemática, sempre dei o primado à razão, o que não significa nem implica conflito com o coração, mas confesso que nos momentos em que andei em conflito entre razão e emoção (também acontece)só reencontrei a estabilidade quando consegui optar pela razão. (Claro, o coração também tem 'razões' que não precisam da racionalidade para nada, mas não é dessas coisas só do coração que estamos a falar).
No caso concreto, eu sei que, como a Teresa, manteria a decisão. Mas não me levem a mal que diga que, se estivesse no 'terreno', também estaria a sentir necessidade de ver menos emotividades do que vejo por aí (não, claro que não me estou a referir às Teresas ou ao Miguel) e ver mais razão serena, ou auto-exigência dessa razão serena (o que também implica auto-exigência de coerência), por parte de TODOS.
Ah... quando passarem os próximos dias de decisões (e emoções)sobre a ADD, posso sugerir ao nosso 'administrador' (isto é para ti, Miguel ;) ), ou ao JMA, uma alteração na data do post do artigo do Rui Canário para o trazer para primeiro plano? Tem tantas outras e mais latas questões a merecerem os contributos de reflexões conjuntas...
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