sexta-feira, dezembro 8

Lembrando Florbela





Neste dia de Florbela Espanca (nasceu numa noite de sete para oito de Dezembro, faleceu noutra noite de sete para oito de Dezembro), relembro-a, a que é uma das Poetisas maiores da nossa língua.
Fica Fanatismo, poema seu.




(Foto em 01/Dez/2006)

Fanatismo


Minh'alma, de sonhar-te, anda perdida
Meus olhos andam cegos de te ver!
Não és sequer razão de meu viver,
Pois que tu és já toda a minha vida!
Não vejo nada assim enlouquecida...
Passo no mundo, meu Amor, a ler
No misterioso livro do teu ser
A mesma história tantas vezes lida!
"Tudo no mundo é frágil, tudo passa..."
Quando me dizem isto, toda a graça
Duma boca divina fala em mim!
E, olhos postos em ti, vivo de rastros:
"Ah! Podem voar mundos, morrer astros,
Que tu és como Deus: princípio e fim!..."

2 comentários:

Anónimo disse...

Grande poetisa!

IC disse...

Apoio a homenagem aqui no Aragem pois, embora pesssoalmente tenha pouca empatia com a sua poesia, sem dúvida que foi uma grande Poetisa.