sábado, novembro 12

Ibéria

Ao ler o Público de hoje não resisti e fui “obrigado” a quebrar o silêncio a que me remeti para não deixar fugir um conjunto de afazeres profissionais.

A crónica de Vasco Pulido Valente (VPV)O futuro do futebol” acicata, remexe num sentimento que podemos de designar de patriotismo. VPV sugere “que a Federação portuguesa se fundisse de cima abaixo com a Federação espanhola. Numa Liga ibérica, em que Portugal talvez conseguisse à partida dois lugares, como a Alemanha de Leste conseguiu no campeonato da Alemanha Ocidental, desapareciam os problemas financeiros, aumentava a qualidade do jogo e, muito naturalmente, o prazer do espectáculo. O futebol português de Portugal deixava de ser um futebol medíocre, sustentado por estrangeiros de refugo, para, por uma vez, crescer e aparecer. Ah!, e a pátria e a nação? A pátria e a nação, que engolem sem protesto toda a gente de toda a parte, não estremeceriam. E, se estremecessem, haviam de se consolar.”

A economia portuguesa, a indústria, o comércio, podiam seguir-lhe o exemplo. Aliás, o exemplo das duas alemanhas serve perfeitamente para reeditar a nossa história.
Eis de novo as velhas causas.