quarta-feira, agosto 25

Para reflectir

Numa ronda pela blogosfera encontrei uma referência ao artigo de Luis Osório no jornal A Capital relativo ao desempenho de Francis Obikwelu. Luis Osório enaltece a prestação desportiva do atleta e considera que o dia da final dos 100 metros foi muito importante para o desporto português. Para ele, as opiniões discordantes “tentarão desvalorizar o feito” e parece não ter dúvidas acerca da “(...) contribuição deste notável atleta para que Portugal se possa tornar um país mais evoluído, solidário e multirracial.”

Só duas breves notas:
1. O desporto de rendimento nacional não tem servido os desígnios de uma ideologia desportiva neoliberal porque nos afastamos, cada vez mais, do poletão da frente (sendo de particular relevância a observação do quadro de atletas medalhados). O desporto assente em modelos de prática piramidal é exclusivo e a sua eficácia terá de ser questionada pelos níveis de prática que gera.
O nosso modelo de prática desportiva de tipo piramidal faliu.
2. Pela minha parte não divinizarei nenhum atleta, sobretudo aqueles atletas que conquistam as medalhas. O desporto de rendimento está doente.

E mais não digo.