domingo, novembro 16

Há maneira de sair do Impasse?

O ME dizia que não mudava uma vírgula. Agora já diz que pode simplificar, mas mantendo a mesma matriz. A maioria dos professores rejeita a imposição e reclama a suspensão do processo (nomeadamente através da não entrega dos OIs).
Há alguma forma de sair do braço de ferro, de sair do impasse? Tópico que lanço para a discussão.

9 comentários:

Anónimo disse...

Não encontro forma de sair deste impasse enquanto o ME não reconhecer e reparar o erro que foi a divisão artifical da carreira. A ferida que foi aberta pela iniquidade desse processo não cicatrizará com paliativos. Gostava de estar mais optimista... :(

JMA disse...

Há aí duas questões: a organização da carreira em duas categorias (digamos de forma não muito rigorosa 'funcionais') e a forma de acesso como foi materializada no famoso concurso (evidentemente iníqua, por diversas razões). Em relação à 2ª questão totalmente de acordo. Há feridas difíceis. Em relação à primeira posso admitir essa organização funcional com a ressalva óbvia de que quem ser só e apenas professor tem de poder chegar ao topo da carreira...

Anónimo disse...

Penso que o impasse só terá solução com a revogação do DR 2/2008 e com a alteração do ECD.
Infelizmente, por razões que se prendem com o entendimento que o 1º ministro tem sobre o estilo de governação e sobretudo sobre o estilo de liderança, estou convencido que nada de substancial ocorrerá até termos novo governo.
Pelo contrário, acredito que iremos assistir a um aprofundamento da farsa avaliativa, com pressões para que os PCE's produzam uma classificação de serviço que não andará muito longe da solução encontrada pelo governo da Madeira. Claro quer nada disso tem a ver com avaliação de desempenho e muito menos com a melhoria do serviço público de educação.

Quanto à questão da divisão da carreira de professores tenho dúvidas sobre se será possível voltar atrás.
Penso também que, exactamente na medida em que existem conteúdos funcionais diferentes, deveríamos procurar uma solução que passasse pela existência de duas carreiras. Uma exclusivamente dedicada à leccionação, que é o que a esmagadora maioria dos professores gosta de fazer e sabe fazer melhor. A outra ligada à gestão intermédia e de topo, à coordenação e à supervisão pedagógica. Esta carreira deveria obrigar a regressos temporários às funções docentes e o exercício dos diferentes cargos deveria obedecer a uma hierarquização, que se relacionasse com a complexidade e responsabilidade crescentes.

Anónimo disse...

Quais as vantagens da criação de uma carreira de gestão intermédia, Francisco? PAra fazer exactamente o quê? Para coordenar um departamento curricular? Faz algum sentido criar uma carreira de gestão intermédia numa escola cada vez mais necessitada de trabalho cooperativo onde cada sujeito pode ser o líder de um projecto ou actividade. A meu ver, essa coisa da carreira de gestão intermédia faz todo o sentido numa escola fabril.

Anónimo disse...

Miguel,
discordo dessa tua visão, porque me parece que tanto a gestão de topo, como a gestão intermédia têm conteúdos funcionais que são distintos da leccionação.
O que me parece relevante é que o acesso a essa carreira só possa ser feito por professores e que, com uma periodicidade a ponderar, obrigue a períodos "sabáticos" na sala de aula.
Mas isto são ideias muito genéricas, que ainda não aprofundei com outras pessoas e que admito nunca terem a vir pernas para andar.

JMA disse...

Confesso que sei quase nada sobre a interrogação do post. Ou nada mesmo. Tenho no entanto a firme convicção de que o confronto e a sua escalada vão fazer mal aos professores (na sua auto-imagem, na imagem social..). Oxalá esteja enganado.

O Atelier da Imaginação disse...

Venha conhecer as nossas novidades já a pensar no Natal.
Esperamos por si.

Até Já!

O Pi@d@s disse...

Espero que não sintam a minha opinião como uma intromissão, pelo facto de não ser professor e de, portanto, sentir as coisas de forma menos... "apaixonada"...
A minha opinião alinha mais pelo segundo post do JMA: Este espectáculo constante começa a cansar a opinião pública, que se vai fartando de ver sempre o mesmo assunto a fazer a abertura dos telejornais: ou houve greve, ou foi marcada greve, ou vemos novamente aquele senhor com bigode à 70's a apelar à greve...
Eu confesso que já me cansei da novela. Agora, só quero saber quantos professores vão caber desta vez nos 32.000 m2 do Terreiro do Paço. Na última manif. foram 120.000, na próxima, tudo o que seja menos de record do Guiness é uma desilusão...

:D

henrique santos disse...

Caro piadas, caso estivesse a sofrer a "novela" não estaria só cansado de a ver na televisão mas indignado pelo estado a que isto chegou. É fácil estar cansado da novela mas pode mudar de canal. Nós infelizmente não podemos.