Não conheço pessoalmente a IC. Mas creio conhecer no que é mais importante, no que "é invisível aos olhos": a dedicação profissional, o respeito pelos alunos, o desassossego face às rotinas paralisantes, a esperança, a persistência... Atributos que já me fizeram oferecer-lhe um dvd, dos que mais amo.
Ela é a responsável por estar a escrever estas palavras. Para dizer o quê? Penso na resposta. Hesito um pouco. Mas logo a mente se agita. Escrevo para dizer a necessidade de nos reinventarmos como pessoas e como professores. De nos reinventarmos numa profissionalidade exigente e solidária mas afastada do balido do rebanho. Para dizer que temos de fazer da profissão o "primeiro de todos os ofícios". O mesmo é dizer colocar os alunos em primeiro lugar no seu direito/dever de aprender as bases do ser, as bases da cidadania, da responsabilidade. Para dizer a urgência de reinventar a escola, necessária casa de humanidade, longe das montanhas de papéis, longe dos rituais burocráticos, longe do faz de conta, longe da irresponsabilidade.
Para dizer a imperatividade de uma outra política: que não deixando de ser exigente, não esqueça que as pessoas não podem ser sistematicamente desautorizadas. E que o centralismo burocrático é a mais perniciosa das ilusões.
4 comentários:
Tenho aqui uma suspeita de que vão ter essa oportunidade muito em breve... :)
(E, JMA, não há homenagem mais merecida...)
Muito obrigada, caro JMA. Até fiquei sem jeito com o título do post.
No que escreveste, repetes a expressão "reinventar", e reinventar tem a ver com o título do post da Teresa Pombo - a criatividade. E concordo totalmente que é preciso reinventar tudo o que disseste. Mas é preciso querer reinventar e a minha grande pergunta é o que é preciso para que os professores o queiram fazer, o que é preciso para que sintam essa necessidade. Porque ela tem que começar dentro de cada um, antes de uma política educativa que estimule isso. Aliás, a política de MLR não pode ser desculpa para tudo, pois essa necessidade já existia antes, e os professores tinham individualmente bastante autonomia para isso.
E até foi para debater possíveis respostas à minha pergunta que tentei lançar o debate aqui.
Quanto à suspeita da 3za, acho que estou a adivinhar qual é e, se assim for, será um enorme prazer para mim (embora eu sinta há bastante tempo que já te conheço, apesar de nunca nos termos encontrado no real)
Pois, deve ser verdade. E é um bom tópico para voltar a pensar.
IC - vês o que mereces?
:)***
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