segunda-feira, setembro 17

Ordem...

Está a aceder à página oficial da organização a quem o Estado Português delegou a função de velar pela qualidade da Medicina, pelo rigor e exigência da formação dos médicos e, consequentemente, pela defesa do direito dos portugueses a cuidados de saúde de qualidade


1 – A Ordem tem como escopo fundamental contribuir para o progresso da engenharia, estimulando os esforços dos seus associados nos domínios científico, profissional e social, bem como o cumprimento das regras de ética profissional.


São atribuições da Ordem contribuir para a defesa e promoção da arquitectura e zelar pela função social, dignidade e prestígio da profissão de arquitecto. São ainda atribuições da Ordem, entre outras, acompanhar a situação geral do ensino da arquitectura e colaborar na organização e regulamentação de concursos de arquitectura.


Estes três exemplos extraídos dos sítios das Ordens profissionais parecem ter como denominador comum a defesa deontológica da classe, o seu objectivo é zelar pela qualidade do exercício da profissão e segundo julgo saber não invalida ou diminui o interesse e utilidade da classe pelo movimento sindical. Não tenho forma de provar que estávamos melhor ou pior se na nossa classe existisse a Ordem, mas uma coisa é certa … no mínimo aliviava as costas dos sindicatos que podiam investir ainda mais na defesa dos direitos de quem tem o ofício de ser professor.

Um dos riscos apresentados pelos opositores à ordem prende-se numa primeira fase com o corporativismo, facto que para mim nem deve ser discutido uma vez que nós somos corporativistas (quantos de nós criticamos o colega do lado por não cumprir o horário ou outro tipo de baldice?) e numa segunda fase com a dificuldade de encontrar a fronteira certa entre o âmbito de actuação da ordem e o do sindicato. A este argumento respondo com outra questão: e como fazem as profissões onde existe essa convivência? Os sindicatos perderam o seu protagonismo? Não me parece.

Uma Ordem de professores podia ser o órgão a que o Estado Português delegou para zelar pela qualidade do exercício da docência, estimulando os esforços dos seus associados nos domínios científico, profissional e social, acompanhando a situação geral do da formação de professores e colaborar na organização e regulamentação de concursos da via ensino.

Enfim, continuo tendo duvidas sobre a sua existência, mas confesso que ainda tenho mais acerca das reais intenções dos sindicalistas que defendem acerrimamente a sua não existência.

5 comentários:

Cristina Gomes da Silva disse...

Posso?...
O meu contexto de trabalho é diferente do vosso, é numa ESE, mas acho que uma ordem e um código deontológico profissional só podem fazer sentido, e indzir respeito por parte de quem está de fora, ainda mais quando as reivindicações sindicais começaram a nivelar por baixo há já bastante tempo. Votos de bom trabalho e um abraço

Teresa Martinho Marques disse...

Eu tenho dúvidas, como todos, mas sinto necessidade de algo, não sei bem, um referente comum, um aglutinador de uma certa identidade (sabendo nós que elas são imensas nestas coisas do ser professor), um defensor mais específico de certas causas, um zelador contínuo das boas práticas, um meio de promoção de formação de qualidade... não associado a cores políticas, não restrito aos momentos de luta e a certos pontos que aparentemente são mais do domínio sindical. neste ponto acho que não são incompatíveis... Repito apenas que, mesmo sem respostas (estou a pensar alto) me sinto como aquela senhora que diz: Ambrósio... apetecia-me algo. Só que em vez de esperar que o Ambrósio me oferecesse uns ferreros... eu ajudasse, pela participação cívica no debate, a fabricar o que nos nos soubesse melhor e mais sentido fizesse, e mais consenso gerasse, e mais útil se tornasse...

«« disse...

Cristina gs, não só podes como deves, concordo com o teu ponto de vista, embora tenha duvidas que tenha que ser a Ordem, ou ainda se a Ordem não poderia sair do proprio sindicato;

3za, o que sentes também sinto (a par com uma aversão a este debate, o que acho incompreensível). Há que fazer algo, há que mudar algo, o estatuto é fruto de uma falta de argumentos na nossa luta, estamos a beber do nosso próprio veneno...a falta de argumentos foi gritante. Olha vi pouco dos ´prós e contras, mas deu para ver o presidente do sindicato onde estou inscrito a meter os pés pelas mãos misturando argumentos do trabalho com argumentos do foro deontológico que só congtribui para que pensem que os professores não sabem o que querem...assim é que não...

Fernando Reis disse...

Discordo do que disse o Miguel sobre o cariz corporativista dos professores. Há poucas profissões tão pouco corporativas como a dos professores. Gostava de perceber porquê. Hei-de pensar nisso, quando tiver tempo, após as muitas horas para lá do horário de 35 que trabalho de borla para a Escola...
Em suma, não vejo que o argumento do corporativismo para contrariar as críticas à existência de uma Ordem seja consistente.

«« disse...

adkalendas, está livre de disccordar, obviamente, mas faça um exercícios: quantas vezes disse ou ouviu um colega chamar á atençao do outro porque não entregou a acta a horas, porque o PPIE ficou por poreencher, porque chega constantemente tarde à sua aula, porque deixa os alunos sairem mais ce, porque, porque....bem acxho que estamos entendidos....

Não somos toidos bons professores, não somos todos bons profissionais o que até é mais grave....