quinta-feira, dezembro 24
domingo, dezembro 20
quarta-feira, dezembro 16
sábado, dezembro 5
domingo, novembro 8
segunda-feira, outubro 19
quinta-feira, outubro 15
Da In/Disciplina na sala de aula - sugestão de leitura
. como o estilo de comunicação e de ensino utilizado pelos professores na aula se pode tornar factor de indisciplina
. Para além das metodologias utilizadas, outros factores são importantes, tais como as posturas incorrectas do professor, incorrecta administração do espaço e do tempo, incapacidade de «testemunhar» o que se passa nos quatro cantos da aula, a má gestão das intervenções e dos estímulos à participação
. Estrela (1986: 152) verifica, por exemplo, que a maior parte dos comportamentos perturbadores se produzem quando o professor se revela incapaz de prestar atenção simultânea a duas ou mais situações diferentes
. Amado (1998), por sua vez, associa os «desvios à comunicação» por ele observados em aulas, aos momentos e situações em que:
- os alunos «de trás» (às vezes aí reunidos livremente) eram abandonados à sua sorte;
- o professor se virava de costas para a turma a fim de escrever no quadro;
- o professor se alheava da turma e atendia a situações pontuais ou procurava algo;
- o professor decidia mudanças de actividade;
- os alunos acabavam a tarefa e permaneciam sem novas instruções;
- o professor tinha um discurso oscilante, como quando deixava um tema, iniciava outro e de repente, voltava ao anterior.
. Em suma, trata-se de um conjunto de situações já, em parte, identificadas por diversas investigações como possuindo uma forte correlação com a indisciplina. Saliente-se que algumas destas situações foram claramente denunciadas pelos alunos como incompetências didácticas e factores da indisciplina.
. o professor não pode revelar incapacidade de exercer adequadamente o seu poder, manifestar falta de autoridade, de firmeza e de experiência
. os alunos esperam que os professores actuem com autoridade e poder dentro da aula. (...) O problema está na gestão desequilibrada dos poderes e na queda em extremos: autoritarismo de um lado e permissividade, do outro.
. A assertividade - Esta é a característica do professor que sabe fazer-se respeitar começando por respeitar os alunos, acredita neles e confere-lhes responsabilidades, censura e admoesta recordando a regra, tem em conta os comportamentos e não as pessoas (sem perder o humor, sem ser cínico, sarcástico ou ofensivo). (Este é o último parágrafo do post do JMA, o destaque é meu e desculpem o sublinhado, mas, a meu ver, é a característica sem a qual as outras de pouco ou nada servem, embora muito importantes se associadas com ela)
terça-feira, outubro 13
Em Homenagem à IC
Ela é a responsável por estar a escrever estas palavras. Para dizer o quê? Penso na resposta. Hesito um pouco. Mas logo a mente se agita. Escrevo para dizer a necessidade de nos reinventarmos como pessoas e como professores. De nos reinventarmos numa profissionalidade exigente e solidária mas afastada do balido do rebanho. Para dizer que temos de fazer da profissão o "primeiro de todos os ofícios". O mesmo é dizer colocar os alunos em primeiro lugar no seu direito/dever de aprender as bases do ser, as bases da cidadania, da responsabilidade. Para dizer a urgência de reinventar a escola, necessária casa de humanidade, longe das montanhas de papéis, longe dos rituais burocráticos, longe do faz de conta, longe da irresponsabilidade.
Para dizer a imperatividade de uma outra política: que não deixando de ser exigente, não esqueça que as pessoas não podem ser sistematicamente desautorizadas. E que o centralismo burocrático é a mais perniciosa das ilusões.
domingo, outubro 11
A minha tese e o Kenny
sexta-feira, outubro 9
Criatividade no ensino precisa-se!
Seguem-se algumas questões da Isabel que poderão servir para provocar alguma discussão e dar uma ar fresquinho ao Aragem. Que tal?
"Terça-feira, Outubro 06, 2009
Começo a conhecer, pouquinho a pouquinho, as minhas turmas (7ºano). Esta sensação é sempre engraçada: cada turma é composta por 20 a 25 adolescentes que tento sempre conhecer bem na sua individualidade, nos seus gostos e interesses, sobretudo, nas suas necessidades de aprendizagem.
Tive três aulas hoje; apenas uma com a turma completa; as outras duas com grupos de apoio. O primeiro grupo de apoio: brincalhão e desmotivado; as estratégias a seguir terão que ser essencialmente lúdicas naquele pequeno espaço em que procurarei que me tragam as dúvidas que são incapazes de expor frente ao grupo-turma completo. Esperava o pior do segundo grupo: demasiado grande, muitos rapagões que na aula facilmente se distraiem. Fiquei boquiaberta: postura extraordinária de quem reconhece que precisa da minha ajuda extra: foram concentrados, agradáveis, trabalhadores; saí de lá feliz e muito orgulhosa deles.
Mas.. vamos à aula da manhã: último tempo, antecedendo a hora de almoço com um grupo de 25 conversadores, inteligentes mas agitados. As minhas aulas são normalmente muito participadas pois parte do meu trabalho passa muito mais por puxar pelos neurónios deles do que expor conteúdos (só se aprende a ler e a escrever, lendo e escrevendo e, sobretudo, pensando: a gramática é só para dar uma ajudinha).
Hoje íamos finalmente constituir os grupos e iniciar as leitura dos contos tradicionais que deverão passar a narrativas digitais (ver em http://eestorias.wordpress.com). Antes disso, uma pequenina tarefa de escrita. A forma como reagiram levou-me depois a pensar na diferença de modos de ensino. A forma como a propus é natural para mim (os meus alunos costumam habituar-se depressa ao facto de eu "fazer diferente" e convivem bem com o facto; sou chata, faço-os trabalhar muito mas convivemos bem). Vejamos:
MODO UM (o que eu não usei): "Meninos vamos aprender como se faz uma Biografia, têm aqui uma fichinha e tal ; isto faz-se assim e assado, perceberam? toca a fazer a Biografia da pessoa tal... sem hipotese de escolha..."
MODO DOIS : ora bem, os contos populares que vão hoje começar a ler foram recolhidos por um escritor chamado Teófilo Braga. O nome diz-vos alguma coisa? Alguns lembraram-se de ter ouvido falar dele nas aulas de História e Geografia e Portugal :-) e sabem que data se comemorou ontem? Implantação da República... quase 100 anos! E o que é que uma coisa tem a ver com a outra? pois bem se são uma e a mesma pessoa, não acham que merece uma Biografia? Dou-vos 3 coisas: duas datas e uma nuvem. Uma nuvem? Sim. Uma nuvem de palavras. Ganha a Biografia que conseguir usar mais palavras desta nuvem. E vruummm.... lá foram eles... todos.... aplicadíssimos a fazer a tarefa... e sempre preocupados porque eu sou tão má que lhe dou limites temporais. Ainda não vi os resultados mas para mim o melhor já foi... o gosto por escrever e descobrir, no final, quem foi Teófilo Braga."
"Modo um" - o que não usaste mas que é o usado pela maioria dos professores;"Modo dois" - o que usaste e deveria ser usado por todos os professores.
O que é preciso para que grande parte dos professores mudem os seus métodos, que são os mesmos com que foram ensinados, e a geração anterior idem, etc. ??? Problema da formação de professores? Problema de comodismo para não usarem a criatividade? Resistência a qualquer mudança? Insegurança? Outro que não me ocorre? (IC)
domingo, setembro 20
sexta-feira, setembro 11
terça-feira, setembro 1
De volta à vida...
Não o vou ressuscitar mas posso tentar, certo?
sexta-feira, agosto 21
Rir e Recordar
quinta-feira, agosto 20
Tens toda a razão, Miguel!
Ou…
Há instantes em que me apetece deixar alguns pensamentos soltos, ou apreciar um vídeo, ou dizer um olá, ou observar uma tela daqueles pintores que nos enchem a alma, ou entrar e sair só para rever o lugar, ou...
[gostava muito de indicar o local do qual eu retirei a imagem... :( ]
quarta-feira, julho 1
domingo, maio 24
Scratch Day
Aqui
sexta-feira, maio 8
sábado, maio 2
Articulação curricular – revisitar os fundamentos
Quando dizemos que a educação escolar visa a formação integral das crianças e jovens estamos a dizer duas coisas muito simples: 1. Que a personalidade é multilateral e harmoniosamente desenvolvida; 2. Que as disciplinas escolares cooperam no desenvolvimento dos diversos aspectos da personalidade.
A organização do sistema educativo, os conteúdos curriculares e os programas de ensino, devem estar devidamente articulados, direi, harmoniosamente articulados, porque se crê que a harmonia do sistema escolar é conexa à harmonia do desenvolvimento da personalidade das crianças e jovens.
É neste sentido que eu defendo que a articulação curricular está impregnada no meu conceito de escola. A articulação curricular não é mais do que uma forma de facilitar a assimilação de cultura às crianças e jovens e porque é uma forma de tornar mais eficiente o processo educativo. Mas convém relativizar a importância da articulação curricular no processo de formação da personalidade dos sujeitos:
- Primeiro, porque as crianças e jovens têm uma palavra a dizer na sua própria formação, isto é, são sujeitos “activos. Quero com isto dizer que as crianças e jovens não são apenas objecto e produto das relações sociais e das actividades em que participam. São também sujeitos activos, actuantes e transformadores das suas circunstâncias.
- Segundo, porque é possível o desenvolvimento da personalidade dos sujeitos sem um sistema educativo coerente e articulado. Recusar esta evidência é admitir que o sistema educativo português nunca educou. Recusar esta evidência é fazer-de-conta que a articulação curricular foi mais do que algumas experiências de colaboração avulsas, reguladas administrativamente, compulsivas e orientadas para a implementação de ordens superiormente determinadas.
A IC enfatizou, no comentário à minha entrada anterior, as possibilidades e dificuldades da articulação curricular. JMA considera que é necessário intervir a montante. Subscrevo os dois pontos de vista. Mas eu não sei a que "montante" se refere o JMA. Sei que a escola, como um espaço de ensino e aprendizagem, em qualquer área do conhecimento e da cultura, deve consubstanciar, antes de mais, um processo pedagógico de desenvolvimento da personalidade, tem de ordenar valorativamente as actividades escolares, já que são as actividades que suscitam a autonomia, um determinado grau de consciência e um determinado grau de criatividade às crianças e jovens.
O reino das articulações débeis num modelo escolar fabril
E é porque esta gramática possui estas bases que é muito difícil a articulação do currículo, dos espaços, dos tempos, das pessoas.... A área escola (que era o dito pulmão da reforma curricular) morreu de inanição. A área de projecto tem dificuldade de afirmação. Isto não quer dizer que não se tenha de inverter a lógica de organização. Tem. Mas é necessário intervir a montante. Para que o esforço individual e colectivo tenha algum sentido e eficácia.
quarta-feira, abril 29
Articulação curricular.
2. À articulação curricular subjaz uma ideia de colaboração e de colegialidade. Não me refiro a uma colaboração qualquer, a uma colaboração que divide, a uma colaboração artificial típica da balcanização do ensino.
3. A articulação curricular não emerge por decreto ou por determinação superior. A articulação curricular resulta de uma cultura de escola assente na confiança nos processos e nas pessoas.
Pergunto se é possível uma articulação curricular genuína nesta escola fabril idealizada pela equipa governativa que prefere adoptar formas paternalistas de confiança?
sexta-feira, abril 17
Já pensaste que...
Já alguma vez pensaste
que é bom ter olhos
para ver o mundo
e ouvidos
para ouvir os outros
e boca
para dizer tudo aquilo
que dizemos
e pernas
para nos levar
onde somos precisos
e mãos
para ajudar
os que delas precisam
e braços
para estreitar os outros
num abraço
e ombros
para que alguém neles
recline a cabeça fatigada
e cérebro
para pensar em ajudar os outros
e coração
para sentir as coisas
que nem sempre compreendemos
imediatamente.
como tudo isto é maravilhoso?
sexta-feira, abril 10
Aprender e Ensinar
E o que começa a ocorrer, é que, progressivamente, o olhar na busca dos caminhos para ensinar, vai-se libertando da exclusiva conformidade com os conteúdos, para deslizar na identificação dos problemas que a situação de jogo colocava aos aprendizes.
Aprendemos a olhar não para o jogo, mas sim para o jogo que eles conseguiam jogar, focalizando o olhar nos expedientes de que se socorriam para resolver os problemas, para daí avaliarmos o nível de competência necessária para poderem ter êxito.
E fomos aprendendo que tínhamos de ser capazes de ver o jogo simultaneamente em duas dimensões. A dimensão real, que se traduzia naquilo que estava a acontecer, e a dimensão antecipativa, que se traduzia naquilo que deveria acontecer.
Situando-nos sempre entre o jovem e o jogo, fomos naturalmente percebendo que cabe a quem ensina adequar as condições de prática, quer às particularidades dos praticantes (competências que possuem), quer aos propósitos da aprendizagem (conseguir que joguem).
A experiência de Moçambique ensinou-nos a compreender que se aprende enquanto se ensina, e ensinou-nos a saber procurar mais com a aprendizagem do que com o ensinar.”
Hermínio Barreto (2004) Prontidão desportiva. Equilíbrio entre as capacidades de hoje e exigências de amanhã. In: Gostar de Basquetebol. Ensinar a jogar e aprender jogando (pp 19-20). Lisboa: Edições FMH.
quinta-feira, abril 2
quarta-feira, abril 1
... nunca precisámos de outra coisa!
O António Pinto Basto (amigo de uma colega) foi o "animador"... cantando...
No final, alguém lhe pediu para recitar um "certo poema"...
Ele não se fez rogado... e é indizível a extraordinária forma como declamou esta peça de rústica e fedorenta poesia (atenção: fê-lo de cor, como intigamente!)... explicando-nos que o poema havia sido escrito pelo seu avô para um certo jantar onde iria estar presente o ministro da Agricultura de então (1934). Confesso que não acreditei... mas depois descobri o que vão escutar e acho que deve ser verdade...
Sim, eu sei, sou garota delicada e tal, dada a poesia refinada, muita cultura e borboletas, flores de jardins e coisas afins, mas... tenho o meu lado rabino, acreditem, embora o mantenha sob controlo. A verdade verdadinha é que chorei a rir (tenho de vos confessar esse pecado, meus caros confrades, não obstante toda esta minha refinada delicadeza que perdeu ali momentaneamente toda a sua compostura).
Devem ser os nervos, o stress e a falta de sorrisos pela escola... Uma certa urgência de rir... A culpa não pode ser minha. Estou certa. :)
Aliás... bem vistas as coisas não confesso nada e como hoje é dia 1 o blogger vai mentir colocando o meu nome na assinatura.
Acabei de encontrar na 'net o tal poema (está em imensos locais... não revelo as palavras que usei para o encontrar... e até descobri alguém a declamá-lo! ;). O confrade-mor atestou da qualidade poética para integração nesta Aragem, hoje fortemente adubada com o meu singelo e estranho contributo...
Sei que logo logo alguém vai conseguir elevar acima do solo a escatologia das palavras aqui partilhadas neste momento. Mas embora a agricultura seja uma coisa que começa rente ao chão... sem estrume não pode dignar-se a olhar o céu.
Uma boa Páscoa para todos!
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O Texto é dedicado a Leovigildo Queimado Franco de Sousa, na época, Ministro da Agricultura, e antepassado da actriz portuguesa Barbara Norton de Matos. O Texto é fundado nas queixas dos agricultores.
http://osveencidosdavida.blogspot.com/2008/01/salazar-o-outro-retrato.html
Porque julgamos digna de registo
a nossa exposição, senhor Ministro,
erguemos até vós, humildemente,
uma toada uníssona e plangente
em que evitámos o menor deslize
e em que damos razão da nossa crise.
Senhor: Em vão, esta província inteira,
desmoita, lavra, atalha a sementeira,
suando até à fralda da camisa.
Falta a matéria orgânica precisa
na terra, que é delgada e sempre fraca!
- A matéria, em questão, chama-se caca.
Precisamos de merda, senhor Soisa!…
E nunca precisámos de outra coisa.
Se os membros desse ilustre ministério
querem tomar o nosso caso a sério,
se é nobre o sentimento que os anima,
mandem cagar-nos toda a gente em cima
dos maninhos torrões de cada herdade.
E mijem-nos, também, por caridade!
O senhor Oliveira Salazar
quando tiver vontade de cagar
venha até nós solícito, calado,
busque um terreno que estiver lavrado,
deite as calças abaixo com sossego,
ajeite o cú bem apontado ao rego,
e… como Presidente do Conselho,
queira espremer-se até ficar vermelho!
A Nação confiou-lhe os seus destinos?…
Então, comprima, aperte os intestinos;
se lhe escapar um traque, não se importe,
… quem sabe se o cheirá-lo nos dá sorte?
Quantos porão as suas esperanças
n’um traque do Ministro das Finanças?…
E quem vier aflito, sem recursos,
Já não distingue os traques dos discursos.
Não precisa falar! Tenha a certeza
que a nossa maior fonte de riqueza,
desde as grandes herdades às courelas,
provém da merda que juntarmos n’elas.
Precisamos de merda, senhor Soisa!…
E nunca precisámos de outra coisa.
Adubos de potassa?… Cal?… Azote?…
Tragam-nos merda pura, do bispote!
E todos os penicos portugueses
durante, pelo menos uns seis meses,
sobre o montado, sobre a terra campa,
continuamente nos despejem trampa!
Terras alentejanas, terras nuas;
desespero de arados e charruas,
quem as compra ou arrenda ou quem as herda
sente a paixão nostálgica da merda…
Precisamos de merda, senhor Soisa!…
E nunca precisámos de outra coisa.
Ah!… Merda grossa e fina! Merda boa
das inúteis retretes de Lisboa!…
Como é triste saber que todos vós
Andais cagando sem pensar em nós!
Se querem fomentar a agricultura
mandem vir muita gente com soltura.
Nós daremos o trigo em larga escala,
pois até nos faz conta a merda rala.
Venham todas as merdas à vontade,
não faremos questão da qualidade.
Formas normais ou formas esquisitas!
E, desde o cagalhão às caganitas,
desde a pequena poia à grande bosta,
de tudo o que vier, a gente gosta.
Precisamos de merda, senhor Soisa!…
E nunca precisámos de outra coisa.
João Vasconcelos e Sá (será?)
1934
http://cgmkt.wordpress.com/2008/11/23/poema-a-ministro-de-salazar/
http://senderosdereflexao.blogspot.com/2008/10/poema-dirigido-um-ministro-de-salazar.html
http://ferrao.org/2008/09/dom-tranquedo-pedido-de-adubos.html
http://opafuncio.blogspot.com/2008/09/exposio-sindical-em-tempos-de-salazar.html
http://hortademilfontes.blogspot.com/2008/02/h-falta-de-adubo.html
http://www.misturagrossa.net/index.php?s=reina%C3%A7%C3%A3o
http://seralentejano.wordpress.com/2008/02/20/no-tempo-do-salazar/
etc. ...
sábado, março 28
O poder do exemplo
can teach young minds what they should be.
Not all the books on all the shelves –
but what the teachers are themselves.”
Rudyard Kipling
Ouvido em:
domingo, março 1
O Céu.
Aquele casal de 85 anos estava casado já há sessenta e dois.
Apesar de não serem ricos viviam bastante bem porque eram muito poupados.
Apesar da idade estavam ambos em muito boas condições físicas principalmente pela insistência dela na alimentação saudável e na manutenção em ginásio, em especial, durante a última década.
Mesmo com tão boa forma, um dia, numa das raras saídas para férias, o avião onde seguiam despenhou-se e mandou-os para o Céu.
Chegaram às portas rebrilhantes do Céu e São Pedro veio recebê-los à porta.
Levou-os até uma fantástica mansão, com móveis dourados e cortinas de finas sedas, com uma cozinha completamente fornecida e uma cascata na sala de banho. Ao fundo podia ver-se uma criada a arrumar as roupas favoritas de ambos nos imensos roupeiros. Eles olhavam para tudo
atónitos quando São Pedro disse:
- Bem vindos ao Céu. A partir de agora esta será a vossa nova casa.
O idoso senhor perguntou a São Pedro quanto é que aquilo iria custar.
- Claro que vai custar NADA. Isto é a tua recompensa no Céu.
O homem então olhou pela janela e viu um campo de golf que não tinha comparação com nada, do melhor, feito na Terra...
- Qual é o preço da utilização? - gemeu o idoso homem.
- Isto é o Céu - replicou São Pedro. - Tu podes jogar de graça, sempre que quiseres.
No dia seguinte foram almoçar ao salão e depararam-se com um almoço estonteante, com todas as inimagináveis especialidades gastronómicas, desde mariscos até às melhores carnes e sobremesas, tudo acompanhado dos melhores vinhos e bebidas.
- Nem me perguntes nada - disse o São Pedro ao homem. - Isto é o Céu. É tudo de graça.
O idoso senhor olhou em volta nevosamente e fixou o olhar na esposa.
- Bem, onde é que estão as comidas de baixo teor de gordura e colesterol e o chá descafeínado? - perguntou ele.
- É a melhor parte - atalhou São Pedro. - Vocês podem comer e beber o que quer que seja que gostem sem se preocuparem em ficarem gordos ou doentes. Eu já disse: isto é o Céu!
O idoso ainda perguntou:
- Nem é preciso ginásio?
- A menos que vocês queiram - foi a resposta de São Pedro.
- Nem testes de açúcar, nem medições de tensão, nem...
- Nunca mais. Vocês estão aqui para se divertirem e gozarem.
O idoso olhou bem de frente para a sua esposa e disse:
- Tu e a merda dos Corn Flakes... Já podíamos estar aqui há dez anos!
segunda-feira, fevereiro 23
A luta, as consequências e as leituras. Ou "O velho, o rapaz e o burro", parte 2
quarta-feira, fevereiro 18
Se cada um fizesse a sua parte...
O Rei muito entusiasmado esperou até à manhã seguinte para ver o seu lago de leite. Mas, qual não foi a sua surpresa, no outro dia pela manhã, quando viu o lago cheio de água e não de leite!
Consultou o seu conselheiro, que o informou que as pessoas do povoado tiveram todas o mesmo pensamento: No meio de tantos copos de leite, se só o meu for de água, ninguém vai notar...
terça-feira, fevereiro 17
sábado, fevereiro 14
quinta-feira, fevereiro 12
Voltou o sol. Mas...
Depois de muitos dias de frio e chuva, voltou o sol. Mas... o Aragem continua qual espaço abandonado onde raramente se combinam encontros de confrades. Talvez porque não se alterou o mau tempo na política educativa, nem melhorou o clima na Escola.
Deixo aqui o que acabo de escrever no meu cantinho.
Pela blogosfera docente, há espaços tão repletos de ADD e ECD que não sobra espacinho algum para debater as coisas simples mas grandes que respeitam verdadeiramente àqueles para quem a Escola existe: os alunos - coisas que estão nas mãos e quase só nas mãos dos professores. Coisas simples mas grandes que gostaria de ver ao menos colocadas à reflexão nas escolas e também neste espaço de tão ampla participação que é a blogosfera. Neste dia de sol, apetecia-me encontrar posts que interrogassem e suscitassem debate sobre questões que a ADD e o ECD parecem ter esfumado, questões tais como:
- como recuperar a formação para os valores, nomeadamente o do trabalho?
- que inovações se impõem nos métodos de ensino?
- quais as estratégias criativas que transformem os conteúdos dos programas em meios que estimulem o gosto pelo acto intelectual de pensar, conhecer e aprender?
- onde impor o tempo para o trabalho colaborativo que defina estratégias colectivas de acção?
Mas... neste dia de sol raros são os espaços onde transparecem essas coisas simples mas grandes. É um sol que não me aquece.
sexta-feira, janeiro 30
Como construir o futuro da escola
(...) Os professores e os alunos são, em conjunto, prisioneiros dos problemas e constrangimentos que decorrem do défice de sentido das situações escolares. A construção de uma outra relação com o saber, por parte dos alunos, e de uma outra forma de viver a profissão, por parte dos professores, têm de ser feitas a par.
A escola erigiu historicamente, como requisito prévio da aprendizagem, a transformação das crianças e dos jovens em alunos. Construir a escola do futuro supõe, pois, a adopção do procedimento inverso: transformar os alunos em pessoas. Só nestas condiçõesa escola poderá assumir-se, para todos, como um lugar de hospitalidade.
Rui Canário
(Fonte)
domingo, janeiro 18
Vai aonde te leva o Coração
Nasci durante a última hora de signo Leão, já em transição para Virgem. Isto é muito importante para nós, humanos, da era do tempo contado e medido à milésima de segundo. Posso assim determinar com exactidão as minhas características de personalidade sem sombra de erro, características essas que me colocam muitas vezes em conflito: a impetuosidade do Leão e a ponderação da Virgem.
Já me imaginaram num dia destes? Não queiram!
Há decisões que podem levar, dias, meses e até anos a tomar (este é o lado da Virgem), mas, depois de tomadas tornam-se irrevogáveis (este é o lado do Leão)!
Não, não estou a brincar, porque este é um assunto sério: a partir do momento em que decidi não entregar os objectivos individuais (que foram elaborados em devido tempo) não mais voltaria com a decisão atrás. Apesar de tudo o que se escreve, apesar de todas as instruções fornecidas pela minha escola. Apesar dos conselhos do meu sindicato.
Fui, vou, assim, onde me leva o coração.
Pena que seja com alguma dor.
sábado, janeiro 17
terça-feira, janeiro 13
Enquanto o Aragem parece em tempo de silêncio... imaginemos
But I'm not the only one
I hope someday you'll join us
And the world will be as one