quinta-feira, dezembro 30
segunda-feira, dezembro 27
O alçapão.
Não, não me atrevo a recomendar este exercício a ninguém. Até porque o alçapão do tempo é singular.
domingo, dezembro 26
No dia seguinte...
quinta-feira, dezembro 23
Boas festas.
domingo, dezembro 19
[Re]descoberta...
Que daltonismo é este que permite aceder à emoção da cor, despreocupada e indefinidamente?
Seria um jogo interessante procurar descobrir os domínios cujo olhar é incapaz de transpor.
sábado, dezembro 18
O exame é uma competição?
A questão que eu coloco é a seguinte: Será legítimo analisar o exame como processo social a partir do[s] quadro[s] de referência utilizado[s] na competição desportiva?
Se aceitarmos como válida esta proposição, o processo de exame [tal como o processo de competição desportiva] subordinar-se-ia aos objectivos formativos dos jovens. Desse modo, os exames dos jovens teriam de ser substancialmente diferentes dos exames dos adultos. Ou não?
sexta-feira, dezembro 17
Quantos são?
É um argumento forte, sem dúvida.
PS: Será que esta gente não se enxerga?
terça-feira, dezembro 14
Amnésia colectiva …
domingo, dezembro 12
sexta-feira, dezembro 10
Aldrabões?
Qual a diferença entre uma mentira e uma não verdade?
Um indivíduo que diz falsidades é um indivíduo aldrabão?
Claro que podemos passar para os domínios das intenções, dos sentidos, etc., etc.
quarta-feira, dezembro 8
É um tempo…
É um tempo de magia e fujo dos ilusionistas [já não há paciência para aleivosias de ministros e altos/médios/pequenos dirigentes], é um tempo de fé e o Pai Natal não se afasta dos centros comerciais [o grande paradoxo é que somos nós que o alimentamos], é um tempo de verdade e a Justiça perde credibilidade.
terça-feira, dezembro 7
Época circense.
A quem é que interessa essa coisa da reflexão?
Para quê rebater sobre algo que se julga imutável?
domingo, dezembro 5
quinta-feira, dezembro 2
Uma questão de visibilidade?
O que eu disse:
Caro JPPereira, sou obrigado a concordar consigo quando diz que os órgãos de comunicação social, durante as crises, incidem os seus holofotes nas discussões sobre a parte da economia que depende do Estado. Há, efectivamente, uma espécie de orgia de “economês” entre os jornalistas e os políticos partidários. Não se trata, obviamente, de questionar a importância da economia na vida dos cidadãos, principalmente numa época cuja miséria veio para ficar e não se sabe por quanto tempo. É verdade, “parte da política onde o comando nacional é quase total e que é mais importante para nos arrancar da mediocridade – como por exemplo a educação e a formação profissional – nunca é discutida”. Atrevo-me a procurar uma razão para esta omissão: o desacerto entre o tempo dos tempos que correm e o tempo que a educação não prescinde para cumprir o seu papel. Como sabe, os órgãos de comunicação social actuam no imediato, procuram desenfreadamente andar à frente do tempo, promovem uma cultura imediatista pronta a consumir. Creio que a surdez que o JPP diz existir nas agendas mediáticas encontra uma correspondência na vida das instituições escolares. Paradoxalmente, as políticas educativas anseiam por professores acríticos. Só existe o que se vê e ouve, dirão os incautos que crêem nas virtudes da bazófia. Não faltam exemplos de que a vida e o que vale a pena na vida é muito mais do que mostra a aparência. A última convulsão política atesta o que estou a dizer. Mas, regressando ao seu texto, deixe-me fazer-lhe um reparo. No espaço que muitos designam de blogosfera e que JPP conhece bem, professores e estudantes [será que alguma vez deixamos de o ser?] discutem a educação. Fazem-no com paixão [e não há que ter vergonha de utilizar o termo], com emoção e com sentimento [como diria Damásio].
Será que está na disposição de contribuir para aumentar a visibilidade destas franjas de gente do pensamento na comunicação social que lhe abre as portas diariamente?
quarta-feira, dezembro 1
sábado, novembro 27
Uma porta entreaberta.
Será que se aguentam sem recaída?
sexta-feira, novembro 26
quarta-feira, novembro 24
segunda-feira, novembro 22
domingo, novembro 21
sexta-feira, novembro 19
quarta-feira, novembro 17
terça-feira, novembro 16
Saber ouvir.
São as nossas lições de vida!
sábado, novembro 13
Por falar em tempo...
quinta-feira, novembro 11
quarta-feira, novembro 10
Sequelas de um corpo sentido debilitado.
“A consciência começa por ser um sentimento, um tipo especial de sentimento, bem entendido, mas, mesmo assim um sentimento. […] as raízes profundas da consciência - a consciência nuclear e o seu simples si – são revelados ao organismo de uma forma que é simultaneamente poderosa e fugidia, inconfundível e vaga.”
terça-feira, novembro 9
domingo, novembro 7
sábado, novembro 6
quarta-feira, novembro 3
terça-feira, novembro 2
Quem semeia ventos colhe tempestades…
No caso de se encontrar desse lado algum conhecedor da matéria, anseio por um esclarecimento: Quais os fundamentos da legitimação das claques organizadas?
domingo, outubro 31
Algo de sinistro…
Não haverá algo de satírico sempre que o funesto acontece?
Observem a(s) vida(s) rotineira(s) que vai(ão) preenchendo o tempo do comum dos mortais.
Reparem neste quadro em que a vulgaridade das sensações e emoções que ocorrem no quotidiano não consola o insaciável homem pós-moderno.
Estabeleçam analogias com a infindável busca do excesso.
quarta-feira, outubro 27
Ambição…
domingo, outubro 24
Voaram...
sexta-feira, outubro 22
Está iminente uma nova aragem.
quinta-feira, outubro 21
…
Recuperarei este atraso assim que sopre uma aragem, logo que lance um outro olhar.
segunda-feira, outubro 18
roubadinho...
Suponho que LR diria o mesmo se se referisse aos impostos, à análise política, à sua conta do supermercado... Ou não?
(Des)apontamento
Como previra, o final do encontro foi agitado. Apareceu um boçal e um instigador armado em estratega, cada um lado do seu lado da barricada, procuraram agitar as massas acéfalas. É a contagem de espingardas.
No entanto, é nesta fase que o futebol deixa de ser admirável.
domingo, outubro 17
Outras aragens...
(Recebidas por e-mail)
Vejam as fotos de um dos seus viadutos. Um dos pilares vai ter mais de 200 metros de altura... se tiverem vertigens, um conselho: Viajem pela estrada antiga.
quinta-feira, outubro 14
Uma paleta anatómica.
É muito fina a linha temporal que separa o quixotesco do vulgar.
quarta-feira, outubro 13
A blogosfera...
É apenas um dos seus vastíssimos sentidos!
domingo, outubro 10
Não há machado que corte...
A paranóia persecutória não se pode apoderar dos que têm a missão de abrir caminho à liberdade de expressão do pensamento.
quarta-feira, outubro 6
Saiu o tiro pela culatra?
Voltando à programação da TVI e ao jornal de domingo. Habituei-me a ouvir o professor Marcelo e sempre achei graça ao seu estilo douto e ligeiro. Aprecio a agilidade com que aborda os assuntos e a acutilância dos comentários mais do que a substância das suas opiniões. Pela minha parte, os dirigentes do seu partido escusavam de ter provocado a saída do professor do mediatismo televisivo quando ele virou o bico ao prego.
Será desta que o feitiço se virará contra o feiticeiro?
segunda-feira, outubro 4
Uma aragem existencial...
sexta-feira, outubro 1
O tempo livre é um desafio.
Se a primeira ideia não mereceu qualquer contestação, já a segunda ideia foi alvo de uma série de reparos que foram aproveitados por ASS para clarificar que o tempo livre não deve ser tratado num espaço disciplinar. É a escola, no âmbito do seu projecto educativo, que deve encontrar as oportunidades para enquadrar esta temática.
Concordo com ASS e aproveito para sugerir um caminho. Enquanto que a dimensão curricular da escola cumpre os desígnios do princípio pedagógico da heterodeterminação consubstanciado na obrigatoriedade, universalidade e homogeneidade das diversas áreas disciplinares, o princípio pedagógico da autodeterminação concretizado na liberdade individual, diferenciação e heterogeneidade das actividades extralectivas encontra nos clubes escolares um espaço pedagógico privilegiado para proporcionar aos alunos a satisfação das suas exigências de realização pessoal de acordo com as particularidades vocacionais.
Houvesse vontade política e as escolas saberiam como responder ao desafio do tempo livre.
terça-feira, setembro 28
10º Congresso de Ciências do Desporto e de Educação Física dos Países de Língua Portuguesa.
Ainda houve tempo para a conferência do Professor Manuel Sobrinho Simões “A renovação das ciências da saúde.”
segunda-feira, setembro 27
A irresponsabilidade tem um rosto.
Vamos ser claros. O governo é inábil no desempenho da sua principal função e acaba por ser devorado pelos chavões do rigor e da exigência que ele próprio utilizou para fazer “emagrecer” o estado. Paradoxalmente, a tese de que a Administração Pública não funciona continua a servir perfeitamente os desígnios ideológicos deste governo. Para o bem e para o mal.
sexta-feira, setembro 24
Formação.
Os oito dias de dispensa de serviço para formação são manifestamente insuficientes se observarmos as exigências do ofício.
Antes do ano terminar recomendo três eventos :
- Para a semana teremos o 10º Congresso de Ciências do Desporto e de Educação Física dos Países de Língua Portuguesa.
- Nos dias 21 a 23 de Outubro na Universidade de Évora realizar-se-á o VIII Congresso promovido pela Associação da Educação Pluridimensional e da Escola Cultural, subordinado ao tema "Caminhos para a Construção de Si e dos Saberes" .
- Na Universidade do Minho nos dias 05 e 06 de Novembro teremos o I Colóquio de Sociologia da Educação e Administração Educacional.
Com muita pena minha só poderei estar no primeiro evento.
Balanço
terça-feira, setembro 21
Mandatos limitados...
A restrição de mandatos no exercício de um cargo no Conselho Executivo precaverá ou não a acção de redes perversas no interior das escolas?
domingo, setembro 19
Os "Filhos de Rousseau" Têm as Costas Largas.
"A generalidade dos comentadores estabelecidos vem elegendo como culpados de quase todo o mal do mundo os "filhos de Rousseau". Querem designar assim os que entendem que tem que haver algum governo; e que é melhor que esse governo provenha de um sujeito que se sabe quem é - nem que seja para o criticar - do que de entidades sem lugar, sem nome, sem cara, como é o "mercado", a "globalização", o "país real". Essa entidade de quem os "filhos de Rousseau" esperam uma certa racionalização da desordem estabelecida é o Estado.
[...] Resta-nos sempre ir aprendendo com os obsessivos esforços educativos dos liberais, que sensatamente crêem que eles é que sabem como é que nós devemos saber e fazer. Todas as semanas, nas suas colunas de jornal, lá estão eles a ensinar-nos a pensar, a sentir, a comportarmo-nos, já tendo um chegado mesmo à maneira de nos vestirmos. Tudo muito liberalmente, claro..."
sábado, setembro 18
sexta-feira, setembro 17
quarta-feira, setembro 15
Curso Tecnológico de Desporto (CTD).
Bastará clicar aqui e deixar o conteúdo na minha caixa de correio.
terça-feira, setembro 14
A violência...
Com alguma dose de humor, ou não fosse o problema tão sério, o uso de farda será reintroduzido, no próximo ano lectivo, em todos os graus de Ensino.
domingo, setembro 12
Uma nova vaga de treinadores.
Variando de lente consoante os fins que me levam ao acontecimento, vejo no jogo um excelente meio pedagógico. A extensão do fenómeno é tal que a partir dele podemos tocar em tudo o que diz respeito à vida.
No final do jogo Braga-Porto pude observar as reacções de alguns dos seus intervenientes. As declarações à comunicação social dos jogadores e treinadores logo após “o apito do árbitro” geram, muitas vezes, espectáculos hilariantes. Mas disso não irei falar. Nem foi este o caso. O que importa destacar é a lógica dos discursos dos diferentes actores. Os jornalistas, atletas, treinadores. Nem sempre é possível demarcar os níveis do discurso, mas neste jogo, percebemos que o treinador do Porto não afina pelo diapasão dos treinadores especialistas em conversas de café. Aguardarei pela confirmação desta minha suspeita. A evasão deste treinador às questões de um jornalista centradas no julgamento do trabalho do árbitro logo após o desaire da sua equipa revela duas coisas: que o treinador é corajoso não se demitindo das responsabilidades e que não cede à tentação de “sacudir a água do seu capote”; que compreende a lógica interna do jogo.
...
É a nossa vingançazinha contra o tempo.
sábado, setembro 11
quinta-feira, setembro 9
Hipocrisia.
As escolas estão carenciadas de espaços desportivos...
O Mundial é já daqui a dois anos...
Os alunos reclamam, exigem espaços de prática desportiva...
quarta-feira, setembro 8
Conversas...
Ontem, ouvi a parte final da entrevista de José Sócrates num canal de televisão privado. Destaco as suas preocupações pela EDUCAÇÃO, CONHECIMENTO, DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO (suponho que foi esta a expressão utilizada). Desconfio que qualquer seu rival diria o mesmo. A questão é saber quais as políticas que estão destinadas a cada uma destas áreas fundamentais para o desenvolvimento do país. Dirá que ainda é cedo, que o importante é a definição de uma estratégia para o médio e longo prazo.
Chover no molhado?
terça-feira, setembro 7
segunda-feira, setembro 6
domingo, setembro 5
sexta-feira, setembro 3
Mudança temporária?
Em alternativa crei, temporariamente, um novo outroolhar aqui.
?
- De "colocação" em "colocação", e por entre múltiplas outras fragilidades, que escolas resultam desta complexa nebulosa de lógicas sistémicas?
- Que vida têm estes (não) lugares de educação?
Que profissionais serão estes, e que cultura profissional será a que resulta de anos e anos desta perversa mercadorização do ensino? - O que significa estruturalmente para um sistema educativo ser alimentado e depender cada vez mais de um contingente sempre engrossado de precários, prontos a utilizar e deitar fora, coleccionando pontos e migalhas aqui e ali até à miragem de uma integração mais estável?
- Qual é o resultado de tudo isto no longo prazo?
Questões pertinentes suscitadas pelo Miguel Cabrita no País Relativo. São três pequenos textos. (1,2,3)
quarta-feira, setembro 1
Círculos fechados
Claro que não há receitas para esta coisa dos blogues. A razão que nos “obriga” a preencher uma boa parte do nosso tempo em frente ao teclado exige uma resposta multifacetada.
Desabafos!
terça-feira, agosto 31
No rescaldo da olimpíada
Se existe alguma convergência nos discursos que imanam da instituição escolar e dos clubes desportivos, ela baseia-se no princípio da complementaridade entre os dois subsistemas. A problemática nesta relação não está tanto na aceitação de um compromisso entre as duas instituições (já que ambos reconhecem essa inevitabilidade), mas está centrada nas funções que cada uma deve assumir no processo de preparação desportiva da criança e do jovem.
segunda-feira, agosto 30
Um modelo alternativo ao modelo piramidal.
(QJSC. 1995: 46 cit. Kirk e Gorely, 2000: 126)
É um modelo que visa a satisfação das necessidades de prática desportiva da população em geral, durante toda a vida, independentemente do nível de qualidade de que essa prática se reveste. É dada uma atenção particular ao uso de jogos modificados, ao trabalho iniciado no pré-escolar e à intervenção na formação de professores. A educação física é a porta de entrada para um estilo de vida activo, em vez de ser encarada como um dos pilares do desporto de elite.
Este modelo requer uma elevada coordenação, cooperação e comunicação entre todas as partes envolvidas no processo de desenvolvimento desportivo (nomeadamente, entre os vários departamentos governamentais, as entidades responsáveis pela formação de professores e treinadores, os grupos representativos de professores, etc.). É imperioso estabelecer uma forte ligação entre escolas activas e comunidades activas. É necessário alterar equipamentos e criar áreas adequadas para o desenvolvimento físico das crianças até aos 7 anos de idade.
O enquadramento do desporto na escola terá sempre de decompor o modelo piramidal como único organizador da prática desportiva. Um modelo alternativo à figura da pirâmide não cairá no logro de pretender banir o desporto de alto rendimento, porque este será sempre o referencial orientador de uma determinada prática. Um desporto que procura chegar a todos requer a coexistência de uma pluralidade de paradigmas que enquadrem e fomentem um desporto radicalmente plural.
domingo, agosto 29
Modelo piramidal
School Sport & Physical Education Hierarchy (Tinning et al., 1993:88 cit. Kirk e Gorely, 2000:122)
Em Portugal o modelo de prática desportiva é piramidal. Sabemos que existem várias versões do modelo piramidal, mas a ideologia é a mesma: Um grande alargamento da base para que exista uma melhoria na qualidade da prática no topo. É exclusivo e selectivo porque diminui o número de praticantes à medida que aumenta o nível de performance. A educação física é um pilar fundamental neste edifício (é a sua base) e o desporto de elite o ponto mais elevado do edifício. A maioria das crianças participa na educação física escolar, mas só algumas delas chegam ao topo. É privilegiado o jogo na sua versão formal, assim como os desportos mais tradicionais. Muitos professores de educação física são cúmplices nesta forma de pensar os modelos de prática. As verbas distribuídas concentram-se, preferencialmente, nos níveis mais elevados da pirâmide e os equipamentos são construídos tendo como referência as necessidades do desporto de elite. Os outros níveis de prática são subalternizados enquanto que os espaços e materiais são disponibilizados para a prática do jogo formal, sendo privilegiados os desportos tradicionais.
Este modelo de prática, a meu ver, faliu.
sábado, agosto 28
Como se esperava...
Hoje na Inglaterra, amanhã a discussão chegará aí.
É mais do mesmo!
quarta-feira, agosto 25
Alto rendimento medicalizado.
Continuar a ler aqui.
Recupero as palavras de José Manuel Constantino (artigo publicado na revista Horizonte - nº 94) referindo-se a um dos argumentos utilizados para justificar uma legislação proibicionista relativa à dopagem: “o princípio da igualdade dos competidores é um dos mitos fundadores da concepção moderna de desporto. Supostamente, o desporto seria um espaço de confronto e de avaliação de desempenhos corporais, onde a igualdade dos participantes permitiria que os melhores vencessem. E os melhores seriam os mais talentosos.
(...) O argumento de que a prática de métodos dopantes introduzia uma desigualdade entre competidores não colhe."
Para reflectir
Só duas breves notas:
1. O desporto de rendimento nacional não tem servido os desígnios de uma ideologia desportiva neoliberal porque nos afastamos, cada vez mais, do poletão da frente (sendo de particular relevância a observação do quadro de atletas medalhados). O desporto assente em modelos de prática piramidal é exclusivo e a sua eficácia terá de ser questionada pelos níveis de prática que gera.
O nosso modelo de prática desportiva de tipo piramidal faliu.
2. Pela minha parte não divinizarei nenhum atleta, sobretudo aqueles atletas que conquistam as medalhas. O desporto de rendimento está doente.
E mais não digo.
segunda-feira, agosto 23
A República virou-nos o cu.
Convido-vos a ler este pequeno desabafo, francamente justificado, do colega João.
domingo, agosto 22
Nota zero!
Para eles nota zero.
Olhares
Não pude confirmar se nas declarações do treinador aos jornalistas ingleses houve alguma referência ao facto. Se essa situação seria viável nos estádios portugueses não sei. O treinador é experiente e um profundo conhecedor do seu ofício. Eventualmente, Mourinho já estaria avisado.
Para mim, não deixa de ser paradoxal o fenómeno do hooliganismo ter adquirido a sua máxima expressão na pátria do fair-play moderno.
O que dizer....
Talvez ajude a desmistificar a tese de que os portugueses são um povo de brandos costumes.
sábado, agosto 21
sexta-feira, agosto 20
Argúcia argumentativa.
E porque não reduzir o tempo da licenciatura a um ano lectivo?
A coisa ficaria mais plástica!
quinta-feira, agosto 19
Ilusões.
Só porque vivemos num país de grandes crenças é que não me dá vontade de censurar os jornalistas que exigem milagres.
(Des)ilusão olímpica.
A opinião do público reproduz a obscuridade.
quarta-feira, agosto 18
Banda larga.
Afinal, não faltam pretextos para comunicarmos.
segunda-feira, agosto 16
Educação em cadeia.
domingo, agosto 15
sábado, agosto 14
sábado, julho 24
Uma aragem de Verão.
Um bom descanso para todos.
terça-feira, julho 20
Ruminações digitais
Bem interessante esta discussão sobre lógica e epistemologia.
Conversas que ficam.
Foi num canal televisivo com pouca audiência que estes interlocutores lançaram os seus olhares para o Homem.
Já passaram alguns meses...
sábado, julho 17
Quero estar onde estou.
Valeu a pena recordar o António Variações.
quinta-feira, julho 15
Uma aragem
Sentada ao meu lado, a Ana rejubilará.
Errei...
terça-feira, julho 13
Bagão na Educação?
Humor negro...
segunda-feira, julho 12
Náusea…
domingo, julho 11
Anafados.
sábado, julho 10
Mais do mesmo.
A ser verdade, onde é que está o envolvimento, a participação generalizada e a necessidade de um consenso alargado que tanto reclamaram e que serviu de argumento para contestar a débil acção do governo liderado pelo Dr. Barroso?
Mais do mesmo!
sexta-feira, julho 9
Coisas simples
A ideia simples é que o desporto é plural de motivos, intenções, finalidades, condições e modelos. A tarefa titânica é a operacionalização desta ideia.
quarta-feira, julho 7
Um desporto escolar plural (II).
“Tentar estabelecer a paridade num mundo social caracterizado pela desigualdade não é uma tarefa simples. Temos que reconhecer que no processo de «igualar», haverá pessoas que percebem as mudanças como perdas inevitáveis, se mais nenhuma outra razão houvesse, temeriam a mudança, porque temem a perda do status ou do poder que associam aos movimentos que conduzem à paridade” (Talbot, 1990: 101).
Roberts (1996) considera que o curriculum do seu país se adaptou às novas tendências, complementando os “velhos” jogos de equipa e promovendo facilidades para uma variedade de desportos adicionais tais como o badminton, o squash, a natação, e mesmo o golfe, de modo a que "seja praticado individualmente e jogado por grupos pequenos de gente nova (e de adultos) às vezes e por lugares da sua escolha sem nenhum compromisso com os clubes.
Nos últimos 20 anos, nas escolas da Grã-Bretanha, os professores têm usado cada vez mais tempo da aula de Educação Física para introduzir as alunas de idades baixas numa variedade larga de desportos e fizeram os possíveis para que elas prolongassem os seus jogos favoritos fora das aulas também. Simultaneamente, as autoridades locais abriram os centros “indoor” do multi-desporto que podiam ser usados durante todo o ano, para que os indivíduos pudessem realizar os seus jogos preferidos com os seus próprios amigos, de acordo com as suas preferências. As crianças e os jovens, dentro e fora da escola, poderão aderir aos desportos eleitos, nos lugares e nos grupos que expressam a sua individualidade. O desporto adaptou-se ao gosto dos mais novos. Os novos menus do desporto escolar contêm artigos que apelam aos rapazes e às raparigas em todas as faixas de idade. Ambos os sexos podem praticar os desportos que afirmam a sua independência (jogar o que se quer, quando se quer, com quem se quer).
Quem defende, inequivocamente, a presença do DE na escola (ou o desporto na escola), considera que ainda há muito por fazer e que os constrangimentos que têm afectado o desenvolvimento do programa do DE exigem um esforço acrescido. O programa do DE inserido no âmbito estrito das estruturas do Ministério da Educação, desenvolve-se num contexto carregado de limitações (Pina, 2002) e no interior da própria escola existem factores inibidores do desenvolvimento das actividades do DE (Menezes, 1999). Mas como diz Pina (2002: 27) “o que está em causa é a concepção de um quadro teórico de referência que possibilite a construção de um modelo organizacional, ajustado à realidade portuguesa, de forma a responder cabalmente às necessidades e expectativas das crianças e jovens em idade escolar”.
Ultrapassada a fase de indefinição de responsabilidade de enquadramento da prática desportiva na Escola que passou da DGD (hoje o IND) para as Direcções Gerais Pedagógicas, urge definir os contornos das parcerias e formas de cooperação com o movimento associativo, permitindo o alargamento da prática desportiva e garantindo as condições essenciais de realização do percurso de formação desportiva. “É tempo de assumir responsabilidades e de clarificar competências no respeito pelos objectivos e vocações específicas de cada um dos sub-sistemas directamente interessados no desenvolvimento deste processo” (ibid: 30). Há que estabelecer relações de confiança e de promover iniciativas conjuntas. Os dados fornecidos pelo próprio director do GCDE confirmam esse interesse recíproco: em 2002 “firmaram-se 31 protocolos de cooperação com Federações Desportivas, desenvolvendo-se parcerias em áreas como a formação de professores, organização de quadros competitivos conjuntos, produção de documentação de apoio a professores e alunos, bem como no apoio a organizações desportivas do Desporto Escolar (nacionais e internacionais) ” (Freitas, 2002).
Um aspecto central para a definição do tal “modelo de DE mais satisfatório” é a promoção da Actividade Interna como a grande bandeira de uma Escola Inclusiva, em oposição à Escola Exclusiva do passado. É o próprio director do GCDE que esclarece: pelo facto da opinião pública ter do DE um entendimento construído na lógica do desporto de competição, a primeira prioridade do DE é a Actividade Interna, apresentando-a como sendo uma resposta aos problemas da multiculturalidade, minorias étnicas, integração social, para além dos comportamentos desviantes provocados pela droga (Freitas, 2002).
Se no passado importava reafirmar que a questão central do desporto escolar não era desportiva, mas sim educativa (Carvalho, 1987), devido à controvérsia existente acerca do lugar que o desporto escolar devia ocupar nos dois sistemas (educativo e desportivo), agora urge, na nossa perspectiva, encontrar um modelo de prática que sirva as necessidades dos nossos alunos. “O Desporto na Escola ao ser consignado como um direito tem de ser acessível a todos os que o querem praticar. A todos e não apenas àqueles que em determinado momento têm um melhor rendimento desportivo, quase sempre os mesmos que, fora da escola, já têm possibilidades de prática desportiva” (Constantino, 1992: 74).
Concordamos com Constantino (1992) quando procurava esclarecer o equívoco de que a Escola, por si só, pode ser a base do Desporto Nacional e por ele ser comandado. Não podemos ter dúvidas de que o desporto deve ser um meio ao serviço do desenvolvimento dos jovens e não um meio ao serviço de certos desenvolvimentos desportivos. “Eis o que separa uma prática cuja razão de ser se encontra na própria criança ou jovem de uma outra em que a criança e o jovem são instrumentalizados” (Constantino, 1992: 76).
É à luz deste quadro de referências que recebemos com agrado todas as iniciativas que visam a promoção do desporto escolar. O Documento Orientador do Desenvolvimento do Desporto Escolar (Ministério da Educação, 2003) é uma delas. Enunciando um conjunto de medidas e metas com o alcance de uma década, este texto apresenta uma estratégia global do Desporto Escolar que se desenvolve num triângulo de relacionamento com as Federações Desportivas, as Autarquias e a Comunidade.
A cumplicidade do poder central é determinante para a criação dos pressupostos necessários para o desenvolvimento do Desporto Escolar. Se a eliminação dos obstáculos de natureza administrativa e financeira forem amplamente aplaudidos por todos os agentes envolvidos no desporto das escolas, não deixaremos de tentar perceber se estamos ou não perante um plano cujas finalidades se afastam do que se espera de um desporto verdadeiramente plural.
terça-feira, julho 6
Um desporto escolar plural (I).
Foi este o meu pretexto para olhar mais longe, para abrir uma porta que se encontrava entreaberta. Os dois textos foram retirados de um estudo académico e por esse facto decidi manter as referências bibliográficas tal e qual elas se encontram no documento original. Então aqui vai o primeiro texto.
O DE não tem sido capaz de chegar à maioria dos jovens que frequentam as nossas escolas. Um estudo de Marivoet (2001) sobre os hábitos desportivos dos portugueses apresenta-nos um conjunto de elementos que nos interessa sublinhar. Embora as actividades do DE sejam as mais procuradas pelas crianças e jovens, quando confrontadas com a oferta desportiva fora da escola, apenas 35% dos pais inquiridos (com filhos até aos 15 anos de idade) afirmavam que os seus filhos desenvolviam uma actividade desportiva na escola (neste estudo, a prática na disciplina de EF não foi considerada porque é obrigatória). É pouco? De uma forma simplista, todos concordamos que seria desejável aumentar essa participação. Mas os dados deste estudo dizem-nos mais: 18% dos pais afirmam que os seus filhos desenvolvem uma actividade desportiva de lazer, onde apenas 9% estão integrados na competição federada. Os números revelam que o desporto extra-escolar não constitui uma alternativa ao desporto escolar, porque não tem essa obrigação, porque não será a sua vontade, e porque não será esse o seu desafio. Olhando com mais profundidade para estes dados, somos assaltados por uma questão: As actividades desportivas do DE devem ou não, entrar numa lógica concorrencial com outras actividades educativas? Consideramos que é mais importante respeitar a liberdade de escolha do aluno, num quadro alargado de actividades culturais promovidas por diferentes clubes escolares (incluindo os clubes desportivos), do que restringir essa oferta a uma só actividade extracurricular na escola, transmitindo a ideia aparente que o nosso DE é “a actividade da escola”.
Não há efectivamente uma actividade que possa ser considerada como “a melhor”. Todas as actividades de complemento curricular que visam o enriquecimento cultural e cívico, a educação artística e a inserção dos educandos na comunidade estão legitimadas pela lei (LBSE) e pela relevância social dos seus objectivos.
Subscrevemos a posição do Confederação do Desporto no que diz respeito à necessidade da complementaridade entre o sistema desportivo e o sistema educativo no processo de preparação desportiva da criança e jovem. Seria uma afirmação leviana responsabilizar o DE na pretensa incapacidade de promoção de hábitos desportivos nas crianças e jovens. Se atendermos aos dados do estudo, “evidenciam a importância da transmissão de valores de cultura físico-desportiva na instituição familiar na aquisição de hábitos desportivos nas gerações mais novas” (Marivoet, 2001:89). No entanto, sendo a escola uma das mais importantes instituições socializadoras da cultura físico-desportiva não pode ficar isenta de responsabilidades nesta matéria.
A participação dos jovens em actividades físicas e desportivas regulares é um elemento fundamental para a promoção de estilos de vida saudáveis e recomenda-se uma intervenção junto dos jovens no sentido de alterar os seus hábitos de vida que apontam para o sedentarismo (Sallis e Patrick, 1994). Esta intervenção ganha maior pertinência quando confrontamos os resultados de estudos que indiciam um declínio da actividade física com o aumento da idade (Sallis e Owen, 1998). O prolongamento da prática desportiva dos jovens fora da escola será para a escola e para os seus profissionais um desafio que não deverão rejeitar. O desporto escolar poderá ser uma das soluções para inverter esta tendência.
Roberts (1996) dá-nos conta de um estudo realizado na Inglaterra e País de Gales que provou que o desporto escolar é uma história recente de sucesso, se o sucesso for medido em termos do número de alunos que continuam “a praticar” após a sua saída da escola. “É sempre difícil atribuir a causalidade, é impossível prová-lo, mas há evidências que sugerem que as características dos curricula dos desportos das escolas e a oferta do desporto na comunidade onde se inserem os jovens são, provavelmente, as causas responsáveis por este sucesso” (Roberts, 1996: 105).
segunda-feira, julho 5
Um desporto plural.
domingo, julho 4
A nossa selecção.
"Vamos lá cambada, força nas canetas".
sábado, julho 3
Complementaridade entre o sistema desportivo e o sistema educativo.
A Confederação do Desporto de Portugal publica em Junho de 2001 um documento que se ocupa desta matéria, retratando o estado de uma relação que foi sempre conflituosa:
1) O alto rendimento exige alterações na participação do sistema escolar na política desportiva. O discurso que prevalece na escola é que à escola compete a formação desportiva de base. No entanto, no desporto federado há uma reacção simétrica, onde a captação massiva é um bom exemplo;
2) A função do desporto escolar, como introdutória à preparação desportiva, conduz a um duplo problema: O desperdício dos talentos e o desperdício das oportunidades. Estes obstáculos que impedem a contribuição da escola, na elitização desportiva, advêm da filosofia de educação anti-elitista. Sendo este desporto por natureza elitista, percebe-se que as duas posições constituam a base do conflito entre os dois subsistemas.
O desporto escolar está de parabéns!
Sempre que o país se faz representar numa competição desportiva internacional (Jogos Olímpicos, Campeonatos da Europa e do Mundo) e as classificações alcançadas não correspondem às expectativas dos órgãos de comunicação social, os peritos do espectáculo desportivo dirigem os seus olhares para a escola, procurando encontrar as causas mais profundas do pretenso insucesso desportivo. O passado tem sido fértil em debates televisivos com painéis de especialistas em adeptos (é assim que muitos deles se auto designam), com um estatuto de “residentes”, que se entretêm a dissecar(?) o fenómeno desportivo. A posição destes adeptos é extremamente cómoda. Afinal, o que é que se pode esperar de uma adepto? Aquilo que o próprio conceito encerra: que seja um admirador, um apaixonado, que simpatize com a coisa desportiva. A substância da sua opinião no quadro em que ela se desenvolve poderá conduzir, facilmente, à irracionalidade. Ora, sendo certo que o clima em que decorrem as conversas acerca do futebol garante a audiência, ele poderá não conduzir à sapiência. Como o critério formativo não tem sido adoptado pela comunicação social nas discussões sobre o desporto, o esclarecimento terá de ser procurado noutros locais.
Mas, voltando à questão inicial, será que após o Euro 2004 se falará do desporto escolar?
Sim, se se considerar o desporto escolar como um dos pilares do modelo de desenvolvimento desportivo nacional. Nesta perspectiva, seria legitimo que o desporto escolar agregasse créditos pelos sucessos e descrédito pelos insucessos do desporto nacional. No momento em que a selecção nacional de futebol está na elite do futebol mundial, será que não existem motivos para enaltecer o trabalho que se realiza nas escolas portuguesas?
Não, se se considerar que à escola não compete a formação desportiva de base ou concorrendo para essa formação desportiva não a realiza convenientemente e que por essa razão não tem qualquer responsabilidade nos resultados desportivos nacionais.
Este olhar espontâneo não representa a complexidade da relação entre os resultados desportivos e os modelos de prática que lhes subjazem. Esta questão requer uma análise mais profunda e alargada porque o nosso modelo de prática do desporto escolar encerra um conjunto de equívocos e paradoxos.
Mas é um olhar que serve para provocarmos os comentadores desportivos, exigindo que sejam congruentes nas análises.
sexta-feira, julho 2
O futebol entre o sagrado e o profano
O futuro primeiro-ministro(?) e ex-candidato a presidente da república sabe, como poucos, escorar-se no futebol.
terça-feira, junho 29
Mudança de ares
Até lá, uma boa semana para todos.
segunda-feira, junho 28
O império do efémero.
Como a ficção já tomou conta da realidade, nada nos poderá surpreender.
domingo, junho 27
A melhor equipa
Arrumos
Fica aqui o meu agradecimento pelas palavras afáveis que recebi.
Indiferença ou falácia?
A ser verdade esta indiferença, este desprezo por quem está do outro lado, não se percebe porque se escolheu esta enorme montra, com a dimensão da blogosfera, para depositar aquilo que um computador sem ligação à net seria capaz de fazer?
sábado, junho 26
Crescimento
Com mais ou menos entradas e visitas é por aqui que queremos ficar!
Aragem
O outro olhar continuará a tratar da escola situada, da escola vivida.