tag:blogger.com,1999:blog-7435433.post5485894479317882963..comments2024-02-05T08:55:38.458+00:00Comments on Aragem: As boas intenções e a crueldade das práticasMiguel Pintohttp://www.blogger.com/profile/16736297105715394331noreply@blogger.comBlogger6125tag:blogger.com,1999:blog-7435433.post-11262064124377102402008-11-27T09:59:00.000+00:002008-11-27T09:59:00.000+00:00Para quê a avaliação?Será esta importante e essenc...Para quê a avaliação?<BR/>Será esta importante e essencial? <BR/><BR/>Todos dizem que sim, com vista à criação de condições para premiar os melhores professores e, assim, motiva-los a eles (os melhores) e aos outros objectivando um melhor trabalho com efeitos no sistema e na sua produtividade (mais e melhor educação).<BR/><BR/>É preciso clarificar que não ser premiado (promovido) não é ser castigado (despromovido). Apesar de essa ideia ser um dado adquirido e transversal na corporação docente.<BR/><BR/>Sem dúvida que é necessário separar o trigo do joio e, se possível, a prazo, transformar (algum) joio em trigo. Claro que os sindicatos não gostam disto. Porque ao fazer a separação, para além de se distinguir os bons, se vão revelar os medíocres…<BR/><BR/>A verdade é que vão todos dizendo que querem ser avaliados. Mas, simultaneamente, vão recusando todos os modelos. E não apontam para nenhum que seja aceitável. E dizem aquilo com a maior das convicções, tal como afirmam que, antes, já eram avaliados. Mesmo quando todos eram (muito bem) avaliados sendo a promoção generalizada.<BR/><BR/>Sem dizer, mas a dar a entender, o Governo tem também em consideração as questões economicistas. Progressões a todos sem distinção (como antes) obrigavam a remunerações de docentes absolutamente inauditas (em função do PIB nacional) no conjunto dos países desenvolvidos.<BR/><BR/>Assim, precisamos de algo (um instrumento) que ordene os professores a fim de poder premiar (com progressão na carreira) os melhores professores. Nesse processo, os piores não são castigados (não regredirão) mas não serão premiados.<BR/><BR/>Assim o prémio dos (melhores) docentes será a progressão na carreira.<BR/><BR/>Com os melhores premiados e os docentes razoáveis a trabalhar para lá chegar, teremos, nas Escolas um ambiente propício para a melhoria.<BR/><BR/>Será que, para isto, é necessária uma AVALIAÇÃO? Saber se os professores são BONS, EXCELENTES ou MUITO BONS?<BR/><BR/>A minha resposta é : NÂO.<BR/><BR/>A avaliação docente é difícil, complicada e, verifica-se, extremamente penalizadora para os avaliados e para os alunos (os professores estão distraídos com outras coisas que não e ensino). São papeis, reuniões, fiscalizações, aulas assistidas, mapas, orientações, relatórios, quadros, listas, reclamações, afixações, publicações, etc.<BR/><BR/>A avaliação é difícil, também, pelos factores próprios da actividade. A parte quantificável é curta. E grande parte do trabalho é feito muito “isoladamente” (em sala de aula). Não há um “superior” com quem se trabalha directamente.<BR/><BR/>Não haverá outra forma para valorizar os melhores e só a estes atribuir o prémio de progressão?<BR/><BR/>Sim. Há. E não é outro modelo de avaliação.<BR/><BR/>É a seriação.<BR/><BR/>PROPOSTA<BR/><BR/>Considerando uma carreira de 36 anos (mantendo-se ao longo dos anos a “transformação” de parte do tempo de trabalho (horário) de actividade lectiva noutro tipo de actividade e um objectivo de chegarem ao topo da carreira 1/3 dos docentes, seria fácil de montar o seguinte sistema (de 8 escalões):<BR/><BR/>(1)Todos os docentes, na entrada da carreira, estão no escalão 1.<BR/><BR/>(2)Todos os docentes promovidos num ano estarão 2 anos sem poderem repetir a progressão (mínimo 3 anos em cada escalão). Um professor que progrida de 3 em 3 anos chegará ao 8º escalão em 22 anos.<BR/><BR/>(3)Sobre-formações não aceleram progressões, os docentes mais formados terão que traduzir essa vantagem em qualidade de trabalho.<BR/><BR/>(4)Haverá progressão anual (de escalão) garantida para 10% dos professores de cada agrupamento/escola.<BR/><BR/>(5)Na mudança de agrupamento/escola, cada docente apenas poderá progredir depois de 2 anos de trabalho no novo estabelecimento.<BR/><BR/>(6)Aquela taxa (10%) é mínima e cada agrupamento/escola poderá ser bonificada em alguns pontos percentuais (até 20%, no máximo) por conta de subidas nas listas de escolas anuais referentes às provas aferidas e exames nacionais dos seus alunos. As descidas nesses rankings provocarão descidas da taxa anual anterior até ao mínimo de 10%. A manutenção mantém a taxa no valor do ano anterior.<BR/><BR/>(Poderá ou não haver listas separadas por níveis de ensino)<BR/><BR/>(O número de progressões será o resultado arredondado para o inteiro superior, havendo acertos de 3 em três anos em que o resultado – de um acerto - poderá ser o inteiro inferior)<BR/><BR/>(7)Caberá aos agrupamentos/escolas concretizar e chegar à lista anual ordenada dos seus docentes (em condições de progressão).<BR/><BR/>(8)Para além daquele prémio directo, serão promovidos todos os docentes que, em condições de promoção, que somem 6 anos alternados ou consecutivos em posições na primeira metade da lista anual ordenada naquele agrupamento/escola.<BR/><BR/>Lista de docentes ordenada. Como lá chegar?<BR/><BR/>Cada Escola determinará as suas formas. O ME apenas indicará alguns items, dos quais, um ou dois obrigatórios e com um número mínimo a considerar. As escolas poderão, assim, escolher aqueles que mais se adaptem à sua escola e, até, propor outros que o ME poderá validar e juntar à lista de opções.<BR/><BR/>Aquela lista deverá ser interna. E dela ser retirada a lista de docentes a promover. E anotados os que se situam na sua primeira metade. Sem qualquer necessidade de classificar ninguém.<BR/><BR/>ITEMs DE AVALIAÇÂO<BR/><BR/>Podem ser muitos. Uns melhores que outros. Todos com contras, mas também com prós. Os aqui indicados ou outros quaisquer.<BR/><BR/>1)Escolha por votação secreta por parte dos elementos do conselho pedagógico. Cada elemento do conselho escolheria os 3 docentes que considere mais merecedores da progressão. Os X docentes mais nomeados teriam 1 ponto.<BR/><BR/>2)Escolha por votação dentro do grupo pedagógico do docente. Idem.<BR/><BR/>3)Escolha por parte dos funcionários da escola. Idem.<BR/><BR/>4)Pelos pais, pelos alunos. Idem.<BR/><BR/>5)Os X professores com menor número de faltas (justificadas ou não) teriam 1 ponto. Nesta matéria há considerar o ponto de vista da produtividade (quantitativa).<BR/><BR/>Aqui não há que avaliar pela qualidade (resultados). Esse item liga-se à Escola e reflecte-se no aumento das vagas de promoção. Aqui há que escolher os melhores, do ponto de vista da comunidade educativa onde estão inseridos.<BR/><BR/>No início poderá se dar o caso de haver grupos onde uns votam nos outros distorcendo os objectivos de escolher os melhores. Mas gradualmente se aperceberão que a Escola (e eles) no seu todo, perderão com isso. Pois menores resultados por parte da Escola origina a redução das quotas de progressão. E o sistema se ajustará por si só. Afinal, se a Escola não subir no ranking anual, as vagas de promoção serão mínimas.<BR/><BR/>Assim, pode mesmo não ser necessária a avaliação. Nem este nem outro modelo. Os seus objectivos atingem-se de uma forma muito mais simplificada.ocontraditohttps://www.blogger.com/profile/16947752168322725379noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7435433.post-67538082354127536062008-10-16T18:17:00.000+01:002008-10-16T18:17:00.000+01:00A pedagogia dos Ninhos é para quem gosta de poleir...A pedagogia dos Ninhos é para quem gosta de poleiros...Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7435433.post-51571224569801724222008-10-12T17:45:00.000+01:002008-10-12T17:45:00.000+01:00Tudo bem, quando se age de boa fé. Caso encerrado....Tudo bem, quando se age de boa fé. Caso encerrado. Abraço.JMAhttps://www.blogger.com/profile/06033591152825452936noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7435433.post-47763764322296990032008-10-12T08:35:00.000+01:002008-10-12T08:35:00.000+01:00JMA,tal como disse no outro comentário, reconheço ...JMA,<BR/>tal como disse no outro comentário, reconheço como absolutamente válida a posição que expressou.<BR/>As dúvidas que me assaltavam surgiram por natural desconhecimento de todos os detalhes.<BR/>Mas, como bem refere, a personalização dos problemas não contribui para a sua resolução.<BR/>CumprimentosAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7435433.post-484471284269021882008-10-11T23:54:00.000+01:002008-10-11T23:54:00.000+01:00Caros Francisco e MiguelSobre isto já comentei no ...Caros Francisco e Miguel<BR/><BR/>Sobre isto já comentei no blog do autor (onde está o mesmo texto) e repliquei brevemente no pp terrear a uma interpelação do FS. Não me apetece trazer para aqui a demonstração de que o FS erra (certamente de boa fé, admito perfeitamente) na análise e na avaliação que realiza sobre a minha posição sobre a ADD. Creio, aliás, não merecer tanta personalização ...JMAhttps://www.blogger.com/profile/06033591152825452936noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7435433.post-88129380300134817052008-10-11T17:00:00.000+01:002008-10-11T17:00:00.000+01:00FranciscoEsta pequena tertúlia, lembro que nem sem...Francisco<BR/>Esta pequena tertúlia, lembro que nem sempre versa sobre temas educativos, ficará sempre mais rica se aceitarmos que é possível lançar outros olhares sobre algo que nos parece incontestável. O assunto que levantas é controverso porque aborda de forma maniqueísta o problema da avaliação: De um lado colocas os opositores radicais ao modelo de avaliação (onde te incluis) e do outro colocas os opositores moderados (onde situas o JMA). Se não ficarmos por aqui e dermos asas ao raciocínio, podemos colocar dentro dos radicais aqueles que defendem uma recusa à participação nos procedimentos que estão a ser desenvolvidos (a ritmos diferentes, é certo) em cada escola – os radicais fundamentalistas (desculpa o exagero ;)) – assim como podemos colocar os radicais que defendem que há que obstaculizar a implementação do modelo através de acções no âmbito da acção burocrática (excesso de zelo, por exemplo) – os radicais legalistas. <BR/><BR/>Quanto aos opositores moderados podemos encontrar outras versões consoante a imaginação de quem interpreta a situação.<BR/><BR/>Isto serve para dizer que não pode haver um entendimento único sobre a forma como se deve preservar a função docente e evitar o aniquilamento profissional. Desde que tenhamos uma noção clara sobre o que importa preservar na função docente, havemos de lá chegar por mais voltas de que dermos. <BR/>A meu ver, o problema dos professores, nomeadamente, o problema da avaliação dos professores é essencialmente político. É por essa razão que defendo a intervenção dos sindicatos, como braço político organizado dos professores. Defendo que sem o apoio dos professores não há eficiência na acção sindical. Bom, mas terei de reconhecer que há outros campos onde a luta política se joga. Do local onde o JMA se encontra é possível ver este problema de outro modo. Será sempre o seu modo de olhar o problema... <BR/><BR/>E com isto acabei por me desviar do assunto... boa discussão caros confrades. :)Anonymousnoreply@blogger.com